someone lyke you

terça-feira, 22 de junho de 2021

Partidarismo tóxico.

 

 

Defender uma causa a todo preço, parece um preço alto demais para se pagar. Até porque causas nem sempre expressam preocupação com outros. Outros referindo-se a quem é atingido negativamente por quem defende sua causa. Agricultores defendem seu ganha pão. Cristãos defendem sua fé... Advogados defendem seus clientes. E reconheçamos causas são tantas! E todas elas tem quem as defendam. Se não isso não seriam causas. O que acontece entretanto é que em nome da defesa dos seus interesses negligenciamos o interesse de outros? Em nome do recorde da sua safra e no lucro em resultado disso, pulverizei minha lavoura com tantos agrotóxicos que nem os insetos querem mais. E isso vai para nossa mesa. Não sabemos as consequências mas sabemos que elas virão.  O fazendeiro que a produz não come o resultado do seu labor. Ele não é bobo.  Embora goste de fazer os outros de bobo.  Pior,  sua ganância em virtude de sua bondade para com pessoas certas, é defendida por outros que também não comem o que ele produz.  Depois de anos se descobre que aquele agrotóxico liberado pelo governo, não deveria ser por causa dos seus efeitos nocivos a saúde. Fica claro que sabiam que era nocivo, mas e daí? Assim caminhará a humanidade não tirando proveito do aprendizado do dia a dia. Enquanto em nome de suas causas individuais estiverem enchendo o bolso, não há motivação para se pensar nas conseqüências causadas a outros.  Ironicamente, os outros são aqueles que compram o produto envenenado acreditando que estão sendo bem alimentado. Para ser obvio estamos enriquecendo a mão que nos envenena.

E se a mentira se tornar categoria moral?

 

Ora, ora, o fato é que vivemos numa época em que vender a mentira como verdade, não é mais questionável. Chamamos de fake news quando sem o menor pudor espalhamos notícias de vários teores como verdade. Sim, existe responsabilidade daquele que bem intencionado passa adiante no afã de  advertir outros. Estes não imaginam que a origem desta, foi devidamente planejada com o intuito de confundir e desacreditar. Mentes que tem por objetivo desestabilizar mesmo. 

Que tipo de pessoas fazem isso? Pessoas como eu ou você, mas que por algum motivo que os favorece utilizam desta ferramenta, a mentira para alcançar determinado objetivo. Engraçado falar assim, já que se classificássemos a mentira ela estaria categorizada naquilo que é imoral. E porque imoral? Quando seu discurso tapeia outros, ilude, engoda, faz a pessoa tomar decisões erradas que lhe seja prejudicial qual o nome que damos?  E  quando estes se sentem motivados a fazerem isso em nome de um propósito maior?  Arrisco a dizer que se um propósito maior precisa de mentiras para atingir sua meta, ele é menor não maior. Uma questão que chama atenção é que aqueles que semeiam a mentira sabem o que estão fazendo. E por sua vez sabem o resultado que ela produz. Estes de inocente não tem nada. E como a mentira para eles é uma categoria qualificada se descoberto ele nega, uma mentira, depois outra até que estes começam acreditar que ela é uma qualidade impressionante com efeitos poderosos naqueles que não correm atrás da verdade. E isto tem-se constatado. Poucos o fazem ou por preguiça ou simplesmente porque não medem consequência de como esta maré arrasta uma multidão para mais perto da ignorância. Constata-se também que esta é uma tendência mundial... Parece que não só coisas boas adaptamos para nossa realidade... E a experiência em outros lugares mostra que os resultados compensam o risco. Até porque os meios que estas são divulgadas torna-se difícil incriminar aqueles mau intencionados que as fabricam. 

Enfim. Nossa inocência tem sido testada constantemente por noticias produzidas por pessoas de índole um tanto duvidosa... Que não dão a cara para bater e se escondem atrás das câmeras para disseminarem matérias nefastas, acobertados por quem de interesse, Cabe a nós sermos mais astutos quando procuramos informações que nos abasteça de conhecimento porque agora não basta saber o porque das coisas, mas onde a procuramos e qual sua fonte.  E fiquemos espertos com aqueles que insistem em categorizar a mentira... e principalmente com aqueles  que adotam como  pilar da sua história. Certos que uma torre de mentira causa somente o caos para quem dela vítima e beneméritos para quem dela sobrevive.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Deste mal sofro

 

Mentira! Tascou logo na cara do outro quando  notou que  o que dizia era mentira deslavada. Costumamos não ser tão expressivos quando em frente a uma mentira crassa, tendemos a ficar encabulados para não ser deselegantes nem causar um frenesi. 

Convenhamos, a mentira é parte de nosso comportamento e ponto. Mentimos até para nós mesmos quando não queremos ver o mal que fizemos, que fazemos ou que pretendemos fazer com justificativas insensatas para bom entendedor.  Sempre daremos um jeitinho de fazer a verdade feia ficar bonitinha com alguma maquiagem que a torne uma bebida tragável para nossos padrões morais que costumeiramente usamos para outros.  Argumentos para esta não nos falta: disse para não magoar, não sou eu o responsável pelo que está acontecendo e se não fosse comigo seria com outra. Menti para te proteger.  Não falei mentira, apenas omiti a verdade. Estou traindo sim, mas nego até a morte.  Notamos que são mentiras bem intencionadas. Então deve haver um desconto. ]

Afinal quem não mente?  Quantas vezes ficamos sem saber o que dizer quando uma criança pergunta se Papai Noel existe. Que sinuca de bico!  O problema que nem tudo fazemos para manter o efeito lúdico que certas histórias criam nas mentes infantis. 

 Agora que sabemos que mentimos com todos os propósitos imagináveis.  O que não deveríamos fazer é passar panos quentes acreditando na mentira, fazendo com que ela seja verdade mesmo quando sabemos não ser.  Ah, não queremos nos indispor e se o efeito da mentira não foi tão catastrófico  melhor deixar quieto.  Humm, pois é assim abrindo as pernas, se sujeitando aos pequenos vieses que acabamos entubados com todo tipo de males ... 

E aquele que deu de Pinóquio belo e formoso pois não lhe cresceu o nariz ... e sim a conta bancária, ou para os menos comedidos a falta de vergonha na cara.

terça-feira, 8 de junho de 2021

Extrema credulidade.

 

 

Lá vai o homem deixando de acreditar no que parece óbvio, naquilo que nossa intelectualidade provou ser e,  revisado se integrou ao que é devidamente comprovado nos ditames da ciência. Numa revolução dos bichos inexplicável o homem começou a crer em coisas absurdas que não deveriam ser. A ciência atacada por ideias já desbancadas pelo saber. Então o que é isso?  O que está acontecendo para pormos em dúvidas ou simplesmente acreditarmos no dito, no conto, no que não é erudito?  Porque resolvemos negar a ciência, fechar os olhos para o que devidamente comprovado como se não.  Parece uma retaliação cósmica por criarmos um deus que enobrece nossos feitos, mas que desmerece aquilo que desconhecemos , pior aquilo que não mais  aceitamos. Não aceitamos nada que não categorizado pelo deus ciência. E quando este deus resvala em algo ainda não desvendado, duvidamos que nela devemos depositar toda nossa confiança.  Sem confiança ficamos perdidos e críveis.  Há um mistério que nos diferencia que nos leva para um lado ou outro. Que faz-nos amantes da ciência e subservientes a ela, mesmo quando  ela não tem respostas para todas as questões. E os outros.  Aqueles que acreditam que o crido não é verdadeiro, que a história esta adulterada, e que a ciência não é autoridade para nada. Polarizamos. Inclusive formados pela ciência desacreditam que ela deva ser a autoridade suprema.

 A parte desta batalha entre ciência e outras crenças, há algo de fato nos chamando atenção: o místico, o poder desconhecido e atuante que nos deixa perplexos e  cria descrentes, pois sem explicação, tornamo-nos crentes em crenças inexplicáveis e pela nossa racionalidade, achamos que  não podemos aceitar. Mas, como se explica?  O que é desconhecido. O que é temido. O que é metafísico. O que é místico?  Ai vem a questão.   Estagnamos, retrocedemos ou abrimos a mente para desvendarmos aquilo que para ciência é uma afronta?  Um homem não chega a Marte sem tecnologia, mas nem toda solução está na ciência. Quando nosso conhecimento parece pedir para abrirmos asa para aquilo que não conhecemos mas que presenciamos por intermédio de fenômenos inexplicáveis e mirabolantes que  estes existem,  embora não tenhamos  explicação.

Talvez esta onda de  credulidade extrema prenuncie o caos que esta ruptura do conhecimento confinado na ciência e na demanda do desconhecido demanda para enfim podermos evoluir.   Talvez. Talvez não. Mas, se não, caminhamos  para um retrocesso sem precedentes.