someone lyke you

quinta-feira, 28 de março de 2019

DESENCANTO E DESAPEGO



"Sabemos que um homem pra ser feliz precisa estar bem com sua família... pois a mulher é cinquenta por cento daquilo que somos", dizia o pastor de uma igreja aos seus membros. Em seguida chamou um jovem rapaz que não deveria ter mais que 23 anos.  Foi dito que ele  era convertido a pouco tempo e que sua mulher o abandonara.  Conhecera outro cara e agora estava dividida e em duvida  sobre o que fazer. Naquela idade e casado a pouco tempo não deveria ser comum este tipo de desfeita, embora  hoje seja, devido a voluptuosidade dos tempos que vivemos.

 Naquele mesmo instante em outro lugar um caso parecido acontecia  e este não recorreu a graça divina, este outro não procurou uma igreja mas, arrefeceu suas dores de outra forma.   Não conseguia entender o que acontecera, não foi explicado pela companheira o que a fez ir embora com outro. E sem explicação e sem moral abandonou-se completamente aos desmandos da bebida.

O pastor chamou o mancebo a frente do púlpito e orou com as mãos sobre a cabeça do jovem pedindo a Deus, que colocasse algum juízo na cabeça da esposa que lutava sua própria batalha. Já o outro considerava que a batalha estava perdida. As noites que sucederam o ocorrido eram regadas a cerveja e  mulheres tudo para tentar aliviar a dor que perdurava junto com um ódio crescente pela ex parceira. Noutro canto qualquer uma situação ainda mais inusitada acontecia... 

Um casal que já tinha 10 anos de casados enfrentava uma crise matrimonial iniciado dentro da igreja que frequentavam. O homem  encantado com um membro mais jovem resolvera pedir o divórcio. Colocando a mulher num inferno astral que a fez desacreditar que existia um Deus operante  na igreja.  Não foi um pensamento que perdurou por muito tempo, mas durante aquela fase aguda do desconsolo em que se sente pena de si mesmo por acontecimentos que nos pegam desprevenidos principalmente num ambiente pouco provável. 

Conclui-se que somos vulneráveis, que estamos insistentemente a mercê dos acontecimentos imprevisíveis que alardeiam nossos dias.  Um laço pode ser interrompido antes mesmo que os problemas surjam e sejam responsáveis pela separação. Em outro caso tudo parece ir muito bem, até que a súbita notícia de que a paixão acabou. Precisamos nos adaptar aos tempos modernos e aceitar a maneira fútil de  como os vínculos hoje são facilmente quebrados. Parece o mundo está congestionado de bons pretendentes e o amor está enclausurado dentro de uma bolha de sabão, frágil, desprotegido.  É necessário mudar para quebrar o que nos afeta tão ferozmente nos designando um sofrimento arrebatador. Nossa vida precisa andar singularmente e sem os apegos que fomos ensinados.  A vida hoje sugere laços fazeis de desatar... Não está mais para nós górdio.

quarta-feira, 27 de março de 2019

FANTASMAS CRIADOS





De repente você se nota pensando mais do que devia em determinada situação porque sua mente,  você nem sabe porque,  disparou um alerta de que sua parceira está flertando com outra pessoa. Todos os sinais  te levam a acreditar que seja assim e para piorar,  sua mente por intermédio deste alerta inexplicável confirma isso. Depois deste intento você passa horas e horas pensando se aquilo está realmente acontecendo.  Dentro deste quadro o que acontece... você acaba atribuindo a sua parceira o título de rameira e ao propenso conquistador  o título de super herói,  super herói porque acaba atribuindo-lhe tantas qualidades que não poderia ser humano.

Há muitas maneiras de resolver este impasse , mas é quase certo que você prefira ficar remoendo suas alucinações:
 Falar com alguém não. Seria demonstrar uma  insegurança  que você não tem ou tem? Ou Demonstrar ciúmes . Sentir ciúmes é  normal, diante do perigo de perder alguém.  Mas, que perigo? Se o perigo é criado por sua própria mente.  E  no mundo de hoje parece-me que ninguém é de ninguém. Correto?
  Reconheço que neste mundo competitivo é natural criar competitividade como estímulo já  que parece que coisas dos outros são mais valiosas que as suas... mas, quem vive com  medo,  por medo acaba atraindo aquilo que teme.  Já disse isso uma porção de vezes.

Você poderia consultar Delphos sim, o Google. E  deparará com  muitas presepadas iguaizinhas a sua.. Você se sentirá  mentalmente perturbado já que tantos homens parecem abobados com as mesmas questões . Você não vai querer ser um cara comum indagando sobre coisas fúteis e dúbias, já que não tem certeza e talvez nunca as terá:  do que o outro pensa e diz.  E  os fatos  podem nunca vir a tona.

Ou, Fará o que a grande maioria faria...  Até posso ver . Sentará com sua namorada num lugar tranquilo e  recapitulará o acontecido e mostrará toda sua insatisfação com a atitude dela.
Dirá que é constrangedor ela o colocar naquela situação, que ela deveria pensar em como alguém que sente que a namorada do outro está lhe dando mole... Nos falatórios que isto pode gerar... E depois de abrir seu coraçãozinho alfinetado pela dúvida a advertirá  que não gostaria de passar por aquilo de novo.

A menos provável é que você desencane e deixe  esta história para lá, que a deixe   leve e solta, se comportar como  queira e,  até sair com outro se de fato aquele flerte inicial fizer jus.  Ainda que seja só pra fugir daquilo que já é tão batido: Suspeitas infundadas, chiliques, desconfianças,, ciúmes...O que convenhamos é  uma rotina cansativa e enfadonha. 
Sua mente é o espaço onde as coisas acontecem, mas não sem que você possa supervisionar e se não souber como controlá-la,   aprenda. O homem nasce  insipiente, mas não precisa continuar assim... Ninguém por mais tolo que seja  baterá a cabeça no mesmo lugar  sem tomar precauções que evitem um repeteco.  Precisamos nos modular, precisamos  nos desraigar dos nossos demônios que nos fazem insensatos, insanos e pequenos.    

E se de tudo sua intuição foi cautelar. Ponto pra ela.  Você fez bem em não se desgastar com o que era inevitável.

segunda-feira, 25 de março de 2019

APREÇO PELA TOLERÂNCIA


Eu reclamo de certo aspecto achando que aquela deveria ser apoiada pelos demais entretanto vejo que alguns são resistentes aquilo que penso  e que  chamo de  justiça. 

Demoro a entender que as visões do mundo são diferentes em cada pessoa... Alguns acham que  aquilo que reivindico não faz sentido algum é um capricho. Pois bem, que assim seja. Desde que aprendamos a ter apreço pela tolerância.

 Ninguém é obrigado a pensar  como você, nem a você é imposto  esta obrigatoriedade,  basta que racionalmente ,  possamos expor aquilo que pensamos. Muitas das nossas diferenças s são porque não aceitamos oposição... Mas é exatamente esta que solidifica  aquilo que pensamos. Sem  objeções fica difícil consolidarmos  aquilo que julgamos ser, sim, sem contestação não dá para saber se temos argumentos e ainda de quebra  aprendermos com  ideias divergentes...Se logo nos irritamos  e fechamos nossa atenção ao que nos incomoda, imediatamente impedimos ouvir o que o outro tem a dizer,  porque dentro do nosso ponto de vista nosso modo de ver é absoluto. Ora, se é absoluto porque impedimos que outro expresse um outro ponto de vista?

 Para esta questão não existe uma resposta única exatamente porque a vivencia de cada um decora sua forma de ver. Ainda que achemos inconcebível que o outro não veja a clareza que vemos. É na tolerância que devemos fiar o diálogo e não na intolerância que geralmente atua nestas condições. 

A reflexão não é uma condição imposta ela é fruto da mente que se aprimora quando se permite uma nova reflexão a respeito das nossas próprias convicções e isto não significa abalar nossas crenças e sabedoria significa consolidar nossa capacidade de aprendermos com as diferenças  se  esta for a questão ou a conviver melhor com pessoas que pensam diferente de nós.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Mico de imitação



Crianças, crianças... O serzinho  capaz de surpreender, cativar, ensinar fazer rir muito sem precisar de humor inteligente, sem precisar de sagacidade, sem precisar dos artifícios que os adultos usam para tal. 

  Este especialmente um menininho que praticamente vi nascer... Desde que completou poucos meses de vida frequentava o lugar que trabalho... Em cada fase de sua vida  pude notar suas mudanças... No começo.. não desgrudava  da calça  do pai, que em virtude da mulher trabalhar levava o menino para tudo quanto era lugar. Era difícil conseguir que largasse o pai por alguns segundos que fosse. Quando distraído e esta façanha era realizada, o resultado após poucos segundos era um choro devastador que desestimulava uma próxima tentativa.  Com o tempo conforme foi se familiarizando com alguns poucos... passou a ser mais acessível.

 Conseguiam até pegá-lo no colo. Lembro-me que estes poucos eram meninas. Talvez esta  predileção fazia-nos entender que o menino já era safadinho deste mal nascido.  Ou,  homens talvez pela  pouca paciência  ou desajeito  nem tentavam já que contrariado os ouvidos pagavam pela  peleja.   Presenciamos algumas das suas fases mais engraçadas quando só queria  ficar se escondendo debaixo das mesas e simplesmente levantava esquecendo-se de onde estava.

 E quando começou a notar que o telefone falava?  Toda vez que via um telefone no gancho pegava esperando a comunicação.   Depois de já acostumados com a presença do mascotinho, sua mãe saiu do trabalho para dedicar-se a ele.  Após isso passaram-se meses antes que o víssemos novamente. Esporadicamente aparecia  e constatávamos estas mudanças. 

 Desta última  estava bem diferente: cresceu bastante e agora já falava o que foi motivo de boas risadas...  Após amabilidades ao recebê-lo depois de tanto tempo, tentamos  fazê-lo usar de sua nova habilidade.. E aí, Davi, como está..  E ele: como você  esta.   Afirmando : Você cresceu rapaz.  Ele:  Você cresceu rapaz.  Perguntado:   Davi , quantos anos você tem? Ele: quantos anos você tem.  Requisitado: Davi, dá um sorriso pra titia. Ele: dá um sorriso pra titia, repetia cabisbaixo.  E tudo que lhe perguntavam ou exclamavam ele repetia.. Omitindo  algumas palavras que suponho que ainda não eram familiares   tornando-as inaudíveis.  

 O menino virou um verdadeiro mico de imitação.. E mesmo quando o pai ia ao seu auxílio ele ainda parecia um papagaio remedando o que era perguntado.  Nós os leigos, juízes da situação alheia sem causa,  ficamos nos perguntando se ele tinha algum probleminha ... por conta deste engraçado modo de se comunicar... Mas, acho que não,  ele só tem 3 anos de idade. E a prática da repetição dá a ele um know how que usará muito, para enfim responder o que perguntado.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Seu corpo fala





O corpo é uma das formas de linguagem  de expressão...  Se você nunca deu atenção a isso, observe-o a partir de agora.  Uma pessoa retraída esta sendo interpretada por olhos que a observam... e conclusões estão sendo tiradas baseadas naquilo  que  veem.  Interessante que nossa linguagem corporal é pouco notado por nós, e também por quem nos  observa embora estes possam descrever nuances que passe por nos despercebida. E para aqueles que são bons observadores podem ser ainda mais precisas. Para estes a leitura do corpo não é meramente sutil e sim reveladora.

 Coisas que nossas palavras tendem a desmentir nosso corpo não faz a menor cerimônia em revelar.  Nossas palavras passam por um processo racional quase sempre e quando as expressamos elas já foram classificados por nosso seleto filtro do   bom senso como aprovadas. Bom, nem sempre.    a linguagem falada pelo corpo é desprovida deste cuidado  porque não damos a devida atenção a como nos portamos não levamos em consideração que aquele nosso desconforto está sendo revelado pela nossa postura.  Nosso corpo revela exatamente o que estamos sentindo em determinado  momento: postura curvada, mãos no bolso, braços cruzados, olhos inquietos, suor excessivo.   Se não está a vontade sua postura será retraída o corpo voltado para dentro demonstrando o desconforto... se deslocado seu corpo estará numa posição reveladora... se na defensiva os braços e pernas estarão garantindo sua proteção.. Ora, se é assim deveríamos tomar alguma providência para não sermos tão reveladores...  


Mas, e se quisermos mudar este quadro seria possível? 

Se revelamos inconscientemente um processo corporal de como estamos naquele momento, podemos fazer o processo inverso.  Podemos conscientemente nos portarmos de forma que nossas atitudes internas mudem inconscientemente transformando nossas ações.   Uma vez que enquanto  inconsciente nos curvávamos e nos protegíamos com  braços e pernas e éramos lido como tímidos e na retaguarda  nossa postura consciente causara inconscientemente o efeito enviado pelo nosso corpo.  Esta é uma forma bem interessante de superação já que quando atentos e conscientes temos a nosso favor uma nova disposição que é mais amigável mais confortável e portanto mais aceita. Sim, quando transmitimos desconforto, timidez sem querer  transmitimos negatividade e inconscientemente estamos informando que não queremos aproximação ainda que queiramos.  

 Um bom observador é aquele que olhando seus semelhantes esta aberto a aprender com eles ainda que seja a como não agir  ainda que seja a como não se comportar. De outra forma também muito válida é  entender que outras pessoas nos observam e que sofremos os mesmos crivos que submetemos quando   observarmos