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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ta inseguro? Você e o resto do mundo





Olho e julgo: aquela dama é perfeita: bela, magra, risonha, segura de si.  Uma visão pessoal  a define perfeita diante daquilo que vejo. Afinal sempre achamos não é? Definimos as pessoas pelos nossos olhos... Mal encarado é mau.  Bonito charmoso é bom. Gorda é desleixada, magra é disciplinada. Descrevemos as pessoas segundo aquilo que nossos olhos nos revelam e circunstancialmente revelamos aquilo que imaginamos ser ou não a realidade. Mas, nossos olhos clicam o momento, não captam toda extensão dos pormenores que não podemos ver. A imagem segundo nossos cálculos revelam todo quadro, mas não escaneam  a realidade.

A realidade é que somos frageis. Somos, todo ser humano sem excessão, tem medo, tem vergonha, vacila, erra, não sabe o que fazer em certas situações, tem medo, se engana.... Achamos que não,  porque temos uma visão míope e damos importância demais ao momento. 

 Nos seres humanos temos limitações no que tange a quase tudo. Se temos alguma habilidade nos faltam outras e não imaginamos que um astro, um figurão, uma pessoa que julgamos perfeita possa ter as mesmas dificuldades que nós.  Em suma caímos no dito popular sempre achando o verde da casa do vizinho mais verde que o nosso. Uma ilusão provocada pelas nossas inseguranças, receios, medos.  

 O mais engraçado que vemos alguém que é perito numa arte a qual almejamos um pouquinho apenas de perícia e jamais imaginamos que nossos receios de iniciantes foram os mesmos daquele que agora nos ensina sua arte que ao nosso ver nunca esteve em outros patamares.  Assim, pronunciamos na nossa ignorância  frases como: Ah, aquela  mulher bonita daquele jeito, não pode ter problemas!   Esquecendo que esta também é um ser humano e seres humanos quando não tem problema inventam... Como uma pessoa que gozando de saúde, bem estar, felicidade, começa a questionar o porque tudo anda tão bom.. Como se o bem por si não fosse perdurar ou pior não devesse perdurar.  Temos que estar atentos aquilo que constrói nosso alicerce... Uma pessoa bela cujo alicerce é a beleza corre riscos quando envelhecer... um atleta que confia no seu dote físico, corre riscos quando ele não puder mais contar com seu vigor... Se sua profissão é seu baluarte como será quando aparecer alguém melhor que você? Se és um cantor de sucesso o que acontecerá quando o medo de não emplacar uma música o tomar? Precisamos construir o que somos naquilo que somos e não naquilo que outros nos moldam.  E o que somos?  Esta é a questão. Somos compelidos pela opinião alheia? Como nos afeta aquilo que dizem sobre nós.?  Você sabe quem você é? E se não sabe já tentou fazer uma introspecção para saber?  Só saberemos o que somos se formos sinceros com nos mesmos.  E soubermos medir  o grau do nosso egoísmo, de nossas limitações, de nossos defeitos, de nosso altruísmo, dos valores que temos e do reconhecimento das nossas imperfeições. Saber  medir não é só reconhecer que é, e saber dosar para não prejudicar outros.  Sabendo que estamos a mercê de tudo mas que precisamos saber até que ponto eles nos afetam e como influenciam na nossa disposição e maneira de ser.

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