someone lyke you

domingo, 3 de junho de 2018

Vida parva



Sim, este sou eu,  bicho do mato maior do que lagarto              

Come de tudo,  falo de tudo mas,  diante de mim fico mudo    

Sou feroz , sou indomável mas,  diante do mundo aplacável

Sou atroz , sou distinto, maior do  que um menino

Mas não sou  homem, qualquer coisa entre o nome e o sobrenome



Já me desiludi com a esperança mas,  quem luta sempre alcança

Eu não lutei, no tempo parei, nesta lambança eu dancei

Já tive sonhos, já quis estar lá, onde as estrelas  estão a brilhar

Hoje sou sombra, hoje sou dor e a esperança é dissabor



Procuro a formula para me encontrar falando outro linguajar

Ser outro cara refazer minha estrada onde tudo deu em nada

Cansei de ser eu, quero ser outro antes que o mar vire esgoto

Quero ser eu  quando não sou,  o cara que me roubou.



Este sou eu,  bicho do mato,  maior que um lagarto

Que fere com a calda  para se defender do odiar 

Cheio de sonhos diante ultimato do tempo que é escasso

Querendo os sonhos realizar antes da roda da vida parar.



E me reviro para não aceitar que este é meu lugar

Enquanto na  vida há frustração também há  insubordinação

Que  sonhos mortos virem semente para levar a vida pra frente

Para ver seu nome despontar  onde as estrelas  estão a brilhar.



Pois bicho do mato não aceita quem cabresto lhe assenta.

Se vira e revira para se libertar dos males que a vida apresenta

Não dobra na escada se está acuado

E pede pra vida o próximo ato:  sou bicho do mato.  

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