someone lyke you

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Gente estranha

Um alienígena enviado para terra para observar nossos hábitos,    mas acaba admirando um povo. 

Povo estranho. Tentáculos?  É; tentáculos! Oito?  Muitos braços. E as ventosas? 

Natural é ser o cara.


O natural só é natural se naturalmente for entendido. Uma atitude que te deixa com a pulga atrás da orelha não, não é natural. Aquilo que te incomoda não traz naturalidade.
Naturalidade tem a ver com: conforto, bem estar, paz. Há pessoas que dentro destas palavrinhas sentem-se desconfortáveis, pois sobre a questão pensam, quando tudo esta bem é um presságio de algo ruim. Não! Recuse estes termos. Alimentamos o mal quando o trazemos tão perto. Quando pensamos que não somos merecedores do bem. Deveríamos ocupar nossa mente usando um principio da física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Naturalmente dois pensamentos não se desenvolvem simultaneamente. Quando algo negativo circundar seus pensamentos repila-os, expurgue-os com outros de boa qualidade. Você se pega falando: Eu sou um zero. Repila: Não sou não! Nem um, nem dois, nem três... Nem quatro nem cinco nem seis.   Falei zero mais podia ser merda. Se, se sentir assim procure o antídoto. Pense nesta situação  como sendo grilhões. O equivalente a criptônima, e pense numa mangueira com uma água bem forte como antídoto, te resplandecendo, te libertando, te limpando daquele pensamento aprisionador. Geralmente quando nos sentimos derrotados é porque alimentamos um pensamento derrotista. Damos a ele corpo, alma e um culpado. Pense novamente na água lavando sua mente dos dejetos impostos pela sua própria baixa autoestima. Acostumamos a nos desvalorizar e, portanto pensar em nós como  zeros, merda; desprezíveis se comparados a outros e toda tralha de pensamentos inquietantes que tragam nossa alma. Se fracos deixamo-nos dominar pelo habito negativo de pensar negativamente. Veja que falei  hábito. Exemplo; Brigou com alguém. E briga traz sentimentos negativos aí tu ficas deprimido. Sua mente então não formula nada positivo. Vai de vingança a culpa. Que se alimentados se fortalecem. Como doença que se estabelece quando seu sistema imunológico está debilitado.

Pense na água te purificando. Uma ducha forte. Como aquelas que a polícia usa para acalmar uma turba.
Raciocine nada mais libertador que usar sua capacidade racional. Levando em conta seu orgulho, seus antecedentes e sua postura.
Se tudo que faz sempre termina da mesma forma tem algo errado e saiba, não é com os outros.
É aquela velha forma do viciado que precisa reconhecer seu vício. Reconhecer é uma forma de se enfrentar. De saber como seus velhos hábitos,  estão manipulando os dados a seu desfavor. Aborte os pensamentos que te levam, levam para o círculo vicioso de se desprezar. Ninguém é melhor que ninguém se munidos do mesmo arsenal. Somos o que somos por influência de outras pessoas, mas, agora resolvemos tomar as rédeas da nossa vida.  Como assim:? Se alguém diz: você é feia e isto te amua. Sempre te amuou, significa que você estagnou. Não encontrou o antídoto. Se reacionalmente não consegue lidar com o fato pense na água te libertando. Imprima uma conduta libertadora. Aquilo que não pode mudar contorne, mas não se dobre. Quando nos dobramos as pessoas contam como fraqueza. Não queremos ser uma vitrine expondo nossas fraquezas ao ponto de acreditarmos. Como um boxeador que desfere um golpe e nota que o adversário esta machucado em algum lugar. Será que ele vai pensar: Ele está machucado ali então não posso bater onde machucado?  

Você é único lembra? Admiramos coisas  que não tem igual, mas, menosprezamos-nos.  Não é natural.

Você não precisa ser o centro das atenções, mas precisa chamar atenção para si. Sim, porque se  Deus não te deu  ele te muniu de sabedoria para que  conquiste.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

A chave



Desvaneça a sede do querer
Desvanece a vontade de ter
Desvaneça tudo que vem de ti
Se estabeleça um novo porvir

Que eu esqueça o nosso viver
Que eu esqueça o que não posso conter
Que prevaleça minha vontade enfim
Que aconteça um novo motim.

Vá com Deus que ele te guie
Que um novo amor não lhe revide
Toda amor tem certificação
Iso 9000,  segundo a intenção. 

Enfim achei a minha verdade
Com tantas portas encontrei  a chave
Que abre a porta do saber
Para que eu possa novamente te ver.


E foi assim.



Ele jamais imaginaria  que aquelas seriam as suas últimas braçadas naquelas águas. Aquele era seu território. Ali aprendera tudo que sabia... as artimanhas do mar como costumava chamar as mudanças do tempo.  Gabava-se quando dizia que metade de sua vida passara naquelas águas e que conhecia como ninguém as intempéries do lugar. Orgulhoso do seu treinamento não suponha que....

Aquela manha o tempo estava nebuloso e o vento forte refletia nas ondas que quebravam sobre as pedras... Chegava a dar medo de ver o choque da água sobre as rochas que ladeava. Podia-se dizer que ninguém em sã consciência entraria naquelas águas. Todo bom pescador, salva vidas e pessoas que trabalham na orla marítima aprendem que não se deve faltar com respeito com a natureza pois ela sempre dá um jeito de mostrar sua superioridade. Naquele dia atípico ele acordara com um peso na consciência como se internamente algo lhe avisasse que aquele não seria um bom dia.  Logo afastou aquela sensação... Se por um lado não gostava de ignorá-la sabia que muitas vezes era uma sensação sem efeito como fora em outras ocasiões. Estava apreensivo porque ainda havia uma embarcação que não voltara apesar de toda advertência que dera sobre a mudança do tempo. Devia ter sido mais duro agora reconhecia... Mas, quando se trata de amigos de longa data acaba-se sendo menos criterioso e mais complacente.  

Quando fora chamado já era tarde. O barco sucumbira muito provavelmente sem sobreviventes. Mas, quem ficaria passivo sem antes ter a certeza que se fez tudo que estava ao alcance?  Mergulhou nas águas furiosas na esperança de encontrar alguém com vida. Submergiu e viu a galocha amarela sempre usada pelo capitão do barco seu amigo... O esforço que fizera para tirar seu corpo dos escombros fora sobre-humano e  exigira muito do seu corpo atlético mas naquele momento esvaído tanta fora a energia despendida.  Não havia muito o que fazer.  Naquela altura só um enterro digno  era o que podia pensar. O caminho do naufrágio até seu barco de resgate não era tão  grande mas sua forças para tirar o corpo fora demasiada e parecia que para cada metro que nadava o mar lhe jogava dois para trás. Sem contar que um corpo desfalecido pesa uma tonelada quando sem vida. Sua teimosia em retirar o amigo da água não lhe deu o aviso que sua própria vida estava em risco. Dado momento percebeu que não ia conseguir levar o corpo desfalecido até o barco. Uma decisão difícil para quem planejara naquele curto espaço de tempo um funeral digno.  Soltou o corpo entristecido mas agora começava uma outra batalha sentia que se não fosse assim sua vida estaria em risco.  A fúria do mar não permitia identificar a localização do barco embora isso não era problema ou não deveria ser. Aquela altura atordoado e sem forças não sabia direito se podia confiar nos seus instintos.  Sabia que precisava de toda sua consciência para conseguir sair dali mas por outro lado as águas agitadas balançavam furiosamente sem nenhuma organização que pudesse fazer jus seu conhecimento... e tudo que tentava baseado na sua experiência era contradito pelo mar em fúria.   Naquela briga desigual sua gana pela vida foi a cada braçada mal sucedida substituída por uma paz estranha. Queria apenas dormir e os pensamentos foram desviados para um lugar lindo cheio de margaridas brancas e uma gramínea verde quase rarefeita onde borboletas voavam pacíficas inundando aquele  ambiente calmo e convidativo.   Ali ouvia vozes que chamavam seu nome. Tentara de alguma forma identificar quem o chamava. Era uma voz sedutora como quando numa cena familiar alguém nos chama para se juntar aos outros. E uma sensação estranha de não estar no mar foi lhe envolvendo. Devia  estar sonhando e iria acordar a qualquer momento ... Então deixou-se  acomodar naquele silêncio terno.