Não sou a favor do deslumbre
sobre a beleza. Não é legal quando valorizamos as pessoas por conta do seu belo
conjunto – corpo, rosto. Mas, também não aprovo, aliás, repudio situações em
que se viola a honra e destrói uma vida simplesmente porque a pessoa é bonita e,
por conseguinte cobiçada, neste caso ao ponto de ser violada contra sua
vontade. O assédio sexual é uma das piores violências que se impõe a alguém. E
se me contraria não valorizar alguém só por sua beleza é ainda mais odioso desvalorizá-la ao ponto de
considerá-la apenas um objeto de prazer. E as consequências? E o medo? A
confiança que se deteriora quando sob os desmandos do seu agressor a pessoa a
ele é submetida? Não é incrível que sendo racionais, nos humanos, estamos presos ao que nosso instinto se
refestela e que nossa impulsividade atropela desconsiderando nossos parâmetros morais? Como pode ser? Como
alguém pode se deixar levar levianamente pela obsessão desmedida imputando a
outra tamanha dor, tamanha ferida nunca cicatrizada? Mas, não se engane, nossos
instintos são ágeis comparados a nossa razão e se em certas circunstâncias nos
justificamos insinuando que quem nunca fez que atire a primeira pedra, devemos
ter total atenção diante de certos nevrálgicos assuntos. Assuntos que se
mexidos podem ser mal interpretados ou dar
a entender que somos animais vorazes e devoradores de vítimas inocentes. Fato é
que por mais racionais que julgamos ser e fato também, que se repudiamos
veementemente certas ações não estamos livre de ações impensadas. Quando nos colocamos acima do bem e do mal
esquecemos que somos humanos e esta desordem entre o que queremos fazer e o que
fazemos pode parecer tola se não acharmos que precisamos de proteção contra
nossos instintos e se desconsiderarmos que
precisamos ter responsabilidade e zelo pelas vidas a quem podemos causar danos.
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