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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Beleza e a mesa





Não sou a favor do deslumbre sobre a beleza. Não é legal quando valorizamos as pessoas por conta do seu belo conjunto – corpo, rosto. Mas, também não aprovo, aliás, repudio situações em que se viola a honra e destrói uma vida simplesmente porque a pessoa é bonita e, por conseguinte cobiçada, neste caso ao ponto de ser violada contra sua vontade. O assédio sexual é uma das piores violências que se impõe a alguém. E se me contraria não valorizar alguém só por sua beleza é  ainda mais odioso desvalorizá-la ao ponto de considerá-la apenas um objeto de prazer. E as consequências? E o medo? A confiança que se deteriora quando sob os desmandos do seu agressor a pessoa a ele é submetida? Não é incrível que sendo racionais, nos humanos,  estamos presos ao que nosso instinto se refestela e que nossa impulsividade atropela desconsiderando  nossos parâmetros morais? Como pode ser? Como alguém pode se deixar levar levianamente pela obsessão desmedida imputando a outra tamanha dor, tamanha ferida nunca cicatrizada? Mas, não se engane, nossos instintos são ágeis comparados a nossa  razão e se em certas circunstâncias nos justificamos insinuando  que quem  nunca fez que atire a primeira pedra, devemos ter total atenção diante de certos nevrálgicos assuntos. Assuntos que se mexidos podem ser  mal interpretados  ou  dar a entender que somos animais vorazes e devoradores de vítimas inocentes. Fato é que por mais racionais que julgamos ser e fato também,  que  se repudiamos veementemente certas ações não estamos livre de ações impensadas.  Quando nos colocamos acima do bem e do mal esquecemos que somos humanos e esta desordem entre o que queremos fazer e o que fazemos pode parecer tola se não acharmos que precisamos de proteção contra nossos instintos e se  desconsiderarmos que precisamos ter responsabilidade e zelo  pelas vidas a quem podemos causar danos.

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