someone lyke you

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

INSTINTO




Vamos disputar uma corrida? Garanto que esta  você vai perder.
Seu adversário será seu instinto. O cara é rápido e põe rápido nisso...  Bolt, pareceria uma lesma perto dele e,  numa corrida entre sua razão e ele seria uma barbada.
Se você já levou um baita susto ou sentiu fome, ou ainda levou um tombo as coisas só não acabaram pior porque ele se sobressaiu e protegeu você do pior. Quando em ação não tem pra ninguém, só da ele. Se ainda não se convenceu premedite dar um susto em alguém e notará uma reação um tanto estranha de um corpo e mãos estabanados tentando proteger  partes vitais. Tudo isso de uma forma bem hilária aos olhos  de quem vê.
Outra forma de  perceber sua agilidade comparada a nossa razão é quando se está com fome. Toda sua postura perderá o sentido se o caso for de vida ou morte, nestes casos seus instintos agirão de forma incontentável.  Você literalmente cairá de boca no que aparecer  comível.
  Nosso instinto  não fala  ele grita quando o assunto é sexo, diante dele nos comportamos mal e até que  nossa razão se posicione agiremos como bicho no cio.
Nosso instinto é implantado antes mesmo que comecemos a raciocinar -  a forma que agarramos inconscientes,   as mamas de nossa  mãe não deixa dúvidas quanto a  isso.  Ele é o mesmo presente nos insetos,  animais  e até nas plantas. Se colocássemos todos nossos atributos intelectuais para trabalhar  contra nosso instinto  ainda assim perderíamos com um corpo e meio de vantagem. Sim, tudo indica que nosso código genético vem previamente definido com a finalidade de preservar  exclusivamente a vida   e nossos instintos disparam sensações e ações  que vão de medo a promiscuidade para assegurar este objetivo. Mesmo quando parecemos monges  diante do clamor da carne quando atingidos pelo comichão instintivo de sobrevivência somos da extirpe de  uma barata.
 A grande verdade é que não temos motivos para nos gabarmos  por sermos seres racionais, aliás temos, somos os únicos que fazemos as  besteiras sabendo que  as fizemos.  

REFLEXÃO LONGÍNQUA





Numa corrida rotineira, coisa que ele fazia a mais de 15 anos de repente sentiu uma indisposição, faltou-lhe ar, o que era estranho, pois  era uma rotina executada sem muito esforço  pela força do habito. Aquilo que naquele dia foi considerado uma indisposição tornou-se preocupação dias a fio. Marcou um médico para ver se havia algo errado. Havia. Uma insuficiência renal originada quando criança num acidente por ele relembrada enquanto escutava o médico sugerir possíveis causas,  remeteu-lhe num acontecido que justificaria  a triste realidade.
 Somos acometidos por muitas surpresas no decorrer da vida. Passamos aborrecimentos, sofremos vários reveses, ruminamos problemas triviais como se fossem vitais, enchemos nossa cabeça de dilemas e causas que poderiam ser encaradas mais levemente e não como se fossem terminais... E nestes momentos presentes jamais imaginamos que estes podem estar contribuindo para futuras  enfermidades.Talvez nossas dores hoje sejam resultado de mágoas acumuladas, frutos de um  coração  ressentido, situações  emocionais que causaram infelicidade e  preocupações. E agora ali na frente de seu médico escutará a narração do quão prejudicial foram as dores do coração para sua saúde.  E que todo seu labor pela fama e pelo dinheiro foram em vão e não contribuíram  em nada para sua felicidade.  Se seus problemas causam angustia,  desespero e  um aperto no coração está na hora de se reposicionar na forma que os encara. Deixar isso pra amanha pode ser muito tarde.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Exemplos




Sim, aprendemos com os exemplos alheios. Notamos, observamos e....as vezes aprendemos, as vezes não.   É, nem sempre tiramos proveito dos bons ou  maus exemplos, quem dirá então dos pequenos e quase imperceptíveis que passam batidos por olhos  desavisados. Você por exemplo,  já deve ter notado alguém vestido de uma forma nada harmônica e, confesse,  torceu o nariz. Um monte de interrogações deve ter aparecido na sua cabecinha crítica. Assuma!  Aquela desarmonia lhe causou certo incomodo. Pois,  está  combinação você certamente  deveria evitar... E, aquela moça meio cheinha com uma camisa de lycra cuja barriga  protuberante insiste desafiar? Não dá pra fazer vista grossa.  Meias  cano longo até o joelho com uma bermuda? Nada bom. Certamente estas banalidades não ofuscarão um bom exemplo de vida a ser seguido, mas vale a pena levá-los em consideração. Por acaso não aprendemos com as adversidades e estes também não nos servem de parâmetros sobre  o que  não fazer?  Bons exemplos servem de inspiração e nos estimulam, mas estas  situações irrisórias e irrelevantes também  nos servem de modelo para nos orientar e nos advertir. Vislumbre alguém caindo na praça de alimentação num  shopping quando voltava com a bandeja cheia   após longo período de espera? Hum, que vergonha! Se coloque na posição da pessoa e da próxima vez tomara todo  cuidado  para não ser você a vítima.  Imagine quantos pequenos  exemplos ignoramos. Uma discussão acirrada num ambiente inadequado queima o filme de qualquer um. Bom, isto não! Vamos evitar. Uma amiga que teve uma atitude legal e você apreciou? Legal! Vamos imitar, porque não? Pequenas atitudes alicerçam as grandes. Nos tempos das lutas medievais nas arenas,  um dedo fazendo positivo para baixo  significava fim da linha para um dos gladiadores, era comum aqueles que não aprovavam ir no embalo dos outros determinando o destino do perdedor. Hoje temos outros critérios e, por favor, tenhamos nosso próprio critério. Não dá pra apoiar aquilo que não acreditamos muito menos ir pela cabeça dos outros. Atitudes levianas  que viabilizam o fácil hoje pode nos colocar numa situação difícil  amanhã.
 E os micos? Por acaso olhamos os micos apenas para risos? Eles são exemplos crassos do que não devemos fazer mesmo quando o momento é de puro prazer.  Porque rir das  micagens alheias é  gostoso mas quando você é o motivo das risadas,  a coisa não é muito agradável.  
Você está careca de saber que bons exemplos nos dão os estímulos necessários para seguir. Admiramos aqueles que começaram do nada e transformaram adversidades em conquistas. Estes não nos fogem dos olhos e enche-nos de esperanças, mas e quanto aos vieses que passam batidos quando deveríamos dar-lhes mais atenção?
 Dei ênfase aos pequenos,  famigerados e infames  pequenos deslizes que  também fazem parte da vida e embora não sejam de grande valia, evitá-los pode nos livrar de um grande constrangimento quando não nos  impedir de sermos tachados de sem noção.  

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Beleza e a mesa





Não sou a favor do deslumbre sobre a beleza. Não é legal quando valorizamos as pessoas por conta do seu belo conjunto – corpo, rosto. Mas, também não aprovo, aliás, repudio situações em que se viola a honra e destrói uma vida simplesmente porque a pessoa é bonita e, por conseguinte cobiçada, neste caso ao ponto de ser violada contra sua vontade. O assédio sexual é uma das piores violências que se impõe a alguém. E se me contraria não valorizar alguém só por sua beleza é  ainda mais odioso desvalorizá-la ao ponto de considerá-la apenas um objeto de prazer. E as consequências? E o medo? A confiança que se deteriora quando sob os desmandos do seu agressor a pessoa a ele é submetida? Não é incrível que sendo racionais, nos humanos,  estamos presos ao que nosso instinto se refestela e que nossa impulsividade atropela desconsiderando  nossos parâmetros morais? Como pode ser? Como alguém pode se deixar levar levianamente pela obsessão desmedida imputando a outra tamanha dor, tamanha ferida nunca cicatrizada? Mas, não se engane, nossos instintos são ágeis comparados a nossa  razão e se em certas circunstâncias nos justificamos insinuando  que quem  nunca fez que atire a primeira pedra, devemos ter total atenção diante de certos nevrálgicos assuntos. Assuntos que se mexidos podem ser  mal interpretados  ou  dar a entender que somos animais vorazes e devoradores de vítimas inocentes. Fato é que por mais racionais que julgamos ser e fato também,  que  se repudiamos veementemente certas ações não estamos livre de ações impensadas.  Quando nos colocamos acima do bem e do mal esquecemos que somos humanos e esta desordem entre o que queremos fazer e o que fazemos pode parecer tola se não acharmos que precisamos de proteção contra nossos instintos e se  desconsiderarmos que precisamos ter responsabilidade e zelo  pelas vidas a quem podemos causar danos.