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segunda-feira, 7 de março de 2016

AMOR NA MAQUINA DE LAVAR



Amor e máquina de lavar. Nada a ver.. Amor é um nobilíssimo sentimento já a máquina de lavar tem que engolir cada sujeira. Se bem que o amor engole algumas. Bem, vamos ao trabalho. Programamos o tipo de lavagem desejada e nos desligamos, quero dizer vamos cuidar de outros afazeres até que tudo termine. Digo,  termine o processo de lavagem a qual programamos.  Salvo algum imprevisto tudo acontece sem maiores problemas.   Dias atrás se eu fosse uma máquina de lavar teria entrado no modo triste... A lavagem é lenta, as coisas demoram para acontecer entra água, sai água, centrifuga, enxagua e o coração ainda pesado. O processo no modo triste é lentidão pura. Eu particularmente prefiro girar o botão no modo contente. Sim,  uma lavagem rapidinha  que não dura muito tempo não, embora tenha  que passar pela rotina,  encontrar um momento específico e inesperado para usufrui-lo é demais.   Este é o momento que imagino que  todos preferimos.  Quem não gosta de uma  enxurrada de felicidade que pode até  não durar muito, mas limpa direitinho.  Entretanto há um porém  só funciona se a coisa não estiver muito encardida. Tem também o modo delicado este é cheio de cuidados. Pode ser descrito como  o modo sensível, porque  é todo cheio de não me toque,  não me irrite, não mexa nas minhas coisas, não fale nada,  não me encha o saco, assim por diante... Neste modo como nome diz qualquer coisa pode desfiar uma relação e transformá-la em trapos. Aconselho nunca usar este modo a não ser pra lavar suas roupas que por definição requerem cuidados especiais.  Tem relações que são verdadeiros turbilhões o que também cabe perfeitamente no contexto de uma máquina de lavar. Sabe quando ela chocalha as  roupas de  um lado para  outro como numa disputa sem fim de uma  discussão?  As coisas são ditas mas ninguém ouve nada, compreende nada e pior os ânimos ficam acirrados... Distorcidos demais  para que termine num acordo de paz.  Por falar nisso tem o modo lava cobertores, cortinas...  Este sim, o must – na vida amorosa, seria por equivalência a fase do divorcio...É  tanta sujeira. É tão  casca grossa que parece que  o fim torna-se tormento. Parece?  Emociona-se como no começo, chora-se como no começo, fazem-se promessas como no começo, porem tudo ao contrário.. Emociona-se pelo  ressentimento, chora-se de raiva, faz-se  promessas tipo nunca mais quero ver sua cara.   Deus há de lhe dar tudo em dobro.  Chego a conclusão que diferenças a parte,  se olharmos para programação de uma máquina de lavar poderemos adapta-los  perfeitamente  ao modo operante de nossos relacionamentos amorosos.... A  programação de roupas do dia a dia representa o  cotidiano, aquele que faz nossa relação segura, estável mas, também o faz  uma merda.  A lavagem delicada  pode ser bem  aquela que nos ensina empatia, é tipo se  não gostamos que ponham o dedo na nossa ferida então não colocaremos na ferida alheia,  assim,  xingar a mãe da amada nem pensar. O modo rápido, explica muita coisa e não estou falando de dar uma rapidinha, estou falando de coisas práticas como, como, como  o que? .  O modo bruto  para roupas pesadas e muito sujas cabe para representar as  crises consideradas ameaçadoras como divórcio ou coisas que beiram a ele.  Você por acaso não sente falta de uma programação para hora que travamos? Que  ficamos engasgados com aquilo que não compreendemos, quando  as dúvidas nos tomam por completo e  achamos que não somos mais amados, que nosso cônjuge esta tendo um caso, que nossas dívidas nos atropelam e por isto  deixaremos de cumprir nossas obrigações financeiras. Para estas   porque não existe um  botão foda-se?   Porque não? Seria tão purificador.   Não tem hora que você  tem vontade de meter o pé em tudo e deixar tudo pra lá?  Pode-se  até  por tudo a perder mas seria de lavar a alma.   

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