someone lyke you

quarta-feira, 23 de março de 2016

Não é do homem o seu caminho



Não é do homem terreno o seu caminho, não é do homem que caminha dirigir os seus passos. (jer. 10:23)   Balburdia, confusão. O homem em sua essência é bruto, um diamante em constante transformação.  Entretanto nosso pior mal é nossa desorientação. Cheio de ódio agimos impulsivamente e deflagramos todo bom senso. Somos facilmente manipulados por mentes e carismas. Está aí a história que não nos deixa iludir.  Quando há uma boa ação ele é margeada por  abutres que querem se dar bem, que querem tirar proveito. Temos um falso moralismo hipócrita, pois apontamos o dedo acusatório e enxovalhamos nossos desafetos esquecendo que  nosso telhado é de vidro. Ficamos chocados quando ouvimos palavras torpes ditas numa febril descompostura quando nós mesmos usamos deste expediente.  Criamos desafetos por estampidos criados  para esta finalidade e compramos idéias previamente premeditadas para nos induzir ao erro. Temos a infeliz tendência de escutar os lobos que se fazem ouvir de longe com seus bramidos mal intencionados. Somos massa de manobra teleguiados por uma sinergia insana com um propósito arquitetado para desestabilizar o que já desestabilizado.  Quem deveria informar confunde, mostra tendência  e arbitra em causa própria, visando uma subserviência autômata.  A ignorância perpetua e embora difamada é utilizada para quem possa interessar  como quem tem uma carta na manga. Nossa desorientação é tanta que seguimos a multidão sem saber por que e nem para onde ela vai. Diante do caos atiramos para qualquer lado e ouvimos qualquer impostura desde que seja dita com palavras que soem bem aos ouvidos que tenham certa lógica, que sejam argumentativas ainda que maquilando a mentira. Onde está o veio? Sim, onde está o veio da verdade que nos daria legitimidade. Coloco-me diante do pedestal da verdade e ela foi corrompida. Nossos magistrados estão mais perdidos que cego em tiroteio e aquilo que aprenderam como princípio ético básico perdeu o valor. Estamos num covil de lobos e por lobos somos alimentados em nossa consciência sem critérios.  Quem nos protegerá dos 3 magos se eles batem cabeça se engalfinhando para saber quem vai comer o ultimo pirulito.




N

Morte em vida



A morte é o fim da linha

Mas há morte em vida

Quando tornamo-nos zumbis

Quando pensamos em não estar aqui



Quando o assassino não é condenado

E vive vadiando sobre teu   imaginário

E vai se alojando  na epiglote.

Com gosto de morte



A cabeça cheia e o coração vazio

E te atormenta  o familiar zunido

Eis, a receita certa pro seu molho:

Sangue, serestas e sonhos.



Tudo mudou mas as estrelas continuam lá.

A luz continua a iluminar

Num buraco negro de desilusões

Devorando as emoções



Vai-te a dor compensa

Melhor sofrer se  é aceita  a sentença

Quem ama sem ser amado

É justo na dor amargar  seu legado?



É tanto ressentimento que convida

Quer sua porção entre na vila

Pois no túmulo  dos que se engalfinham

A morte sob a morte desatina


terça-feira, 15 de março de 2016

O PODER



Um homem investido de poder

Pode  sentir-se um deus.

E deuses estão acima da justiça

E olham de cima seus súditos

E manipulam seus súditos

Porque abaixo de sua grandeza

Estão os serviçais da realeza:

O  resto do mundo



Homens deuses ficam cegos

Cegos pelo poder

O mesmo poder que afere justiça

A justiça embasada em fatos

Escaldada pelo manto da sabedoria

Mas deuses estão acima da justiça

O manto sagrado a eles confiado

Agora é um fardo.



Um homem investido de poder

Agora é deus.

Revestido  de poder sente-se soberano

De onde vem a vertente do mal

Elegeu-se acima do bem e do mal

O homem deus investido de poder

Que queria fazer a justiça prevalecer

Agora é o mal que  queremos combater

quinta-feira, 10 de março de 2016

PRIMEIRA VISTA



A você que acredita no amor a primeira vista
Error, ele  nao é o primeiro, o primeiro é a cobiça
Que por trás dos bastidores  perpetua amores
E sem perceber enganou você.

Quando os olhos perduram em olhar
Sua razão começa a questionar
E se sua carne inflama
Uma das questões é cama

E se alastrando este desejo
Dizimando padrões e seus medos
Dá vazão  a cobiça
Ludibriando seu ponto de vista

segunda-feira, 7 de março de 2016

AMOR NA MAQUINA DE LAVAR



Amor e máquina de lavar. Nada a ver.. Amor é um nobilíssimo sentimento já a máquina de lavar tem que engolir cada sujeira. Se bem que o amor engole algumas. Bem, vamos ao trabalho. Programamos o tipo de lavagem desejada e nos desligamos, quero dizer vamos cuidar de outros afazeres até que tudo termine. Digo,  termine o processo de lavagem a qual programamos.  Salvo algum imprevisto tudo acontece sem maiores problemas.   Dias atrás se eu fosse uma máquina de lavar teria entrado no modo triste... A lavagem é lenta, as coisas demoram para acontecer entra água, sai água, centrifuga, enxagua e o coração ainda pesado. O processo no modo triste é lentidão pura. Eu particularmente prefiro girar o botão no modo contente. Sim,  uma lavagem rapidinha  que não dura muito tempo não, embora tenha  que passar pela rotina,  encontrar um momento específico e inesperado para usufrui-lo é demais.   Este é o momento que imagino que  todos preferimos.  Quem não gosta de uma  enxurrada de felicidade que pode até  não durar muito, mas limpa direitinho.  Entretanto há um porém  só funciona se a coisa não estiver muito encardida. Tem também o modo delicado este é cheio de cuidados. Pode ser descrito como  o modo sensível, porque  é todo cheio de não me toque,  não me irrite, não mexa nas minhas coisas, não fale nada,  não me encha o saco, assim por diante... Neste modo como nome diz qualquer coisa pode desfiar uma relação e transformá-la em trapos. Aconselho nunca usar este modo a não ser pra lavar suas roupas que por definição requerem cuidados especiais.  Tem relações que são verdadeiros turbilhões o que também cabe perfeitamente no contexto de uma máquina de lavar. Sabe quando ela chocalha as  roupas de  um lado para  outro como numa disputa sem fim de uma  discussão?  As coisas são ditas mas ninguém ouve nada, compreende nada e pior os ânimos ficam acirrados... Distorcidos demais  para que termine num acordo de paz.  Por falar nisso tem o modo lava cobertores, cortinas...  Este sim, o must – na vida amorosa, seria por equivalência a fase do divorcio...É  tanta sujeira. É tão  casca grossa que parece que  o fim torna-se tormento. Parece?  Emociona-se como no começo, chora-se como no começo, fazem-se promessas como no começo, porem tudo ao contrário.. Emociona-se pelo  ressentimento, chora-se de raiva, faz-se  promessas tipo nunca mais quero ver sua cara.   Deus há de lhe dar tudo em dobro.  Chego a conclusão que diferenças a parte,  se olharmos para programação de uma máquina de lavar poderemos adapta-los  perfeitamente  ao modo operante de nossos relacionamentos amorosos.... A  programação de roupas do dia a dia representa o  cotidiano, aquele que faz nossa relação segura, estável mas, também o faz  uma merda.  A lavagem delicada  pode ser bem  aquela que nos ensina empatia, é tipo se  não gostamos que ponham o dedo na nossa ferida então não colocaremos na ferida alheia,  assim,  xingar a mãe da amada nem pensar. O modo rápido, explica muita coisa e não estou falando de dar uma rapidinha, estou falando de coisas práticas como, como, como  o que? .  O modo bruto  para roupas pesadas e muito sujas cabe para representar as  crises consideradas ameaçadoras como divórcio ou coisas que beiram a ele.  Você por acaso não sente falta de uma programação para hora que travamos? Que  ficamos engasgados com aquilo que não compreendemos, quando  as dúvidas nos tomam por completo e  achamos que não somos mais amados, que nosso cônjuge esta tendo um caso, que nossas dívidas nos atropelam e por isto  deixaremos de cumprir nossas obrigações financeiras. Para estas   porque não existe um  botão foda-se?   Porque não? Seria tão purificador.   Não tem hora que você  tem vontade de meter o pé em tudo e deixar tudo pra lá?  Pode-se  até  por tudo a perder mas seria de lavar a alma.   

quarta-feira, 2 de março de 2016

Mente brilhante



Mente é uma caixa onde tudo acontece... Lá estão todos os nossos dados armazenados que faz com que sejamos o que somos.  Pense na sua  mente  como um dia muito movimentado que você quase não tem tempo pra nada.  Mesmo  quando  parado ou não fazendo nada sua mente continua febrilmente em atividade. Imagina aquele dia que esta totalmente atarefado... Você levanta,  toma café e logo tem que sair para o trabalho. No trabalho uma reunião te  espera e você  a presidirá, mas se não for você estará ali atento a tudo que acontece. No intervalo você precisa dar uma passada na sua sala para resolver um imprevisto de última hora. Quando volta para reunião precisa aturar mais 2 horas de planilhas de planejamentos, relatórios,  metas... Sai para o almoço e almoça num tempo record. Suas funções lhe chamam. Você trabalha pra atingir sua meta do dia. Quando dá seu horário você ainda precisa dedicar mais 1 hora para terminar suas tarefas.
Depois você sai correndo para  escola:  prova na primeira aula, trabalho na segunda e duas aulas chatas de  cálculos, ufa,  quando bate o sinal da saída você tem que ir  rapidinho para não pegar o caos da saída congestionada. Quando chega em casa tem que tomar banho, comer e enquanto come, assiste um pouco de televisão para descontrair. Antes de dormir ainda dá uma passada nas matérias do dia, no relatório que precisa entregar e é com estes acontecimentos  que adormece. Fim de dia?  Que nada! Pelo relógio  já passa da meia noite e você ocupou uma hora do dia seguinte antes de adormecer. Aí na calmaria da noite sua mente continua em atividades organizando tudo transformando emoções em dados, liberando espaço nas suas memórias, descartando algumas, mas não deletando nada  afinal você pode precisar delas num momento crucial.  Isto sem contar que durante certa fase do sono chegam os sonhos que já são resultados do trabalho da mente na organização, faxina e condensação dos dados. Este imenso banco de dados composto de massa cinzenta e branca é um complexo sistema de neurônios workaholics enraivecidos quando se trata de eficiência. As vezes ainda precisa dobrar sua jornada quando aparecem imprevistos como doenças, agressores patogênicos ou qualquer invasor indesejado que pode ultrapassar a fronteira permitida do saber