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domingo, 5 de abril de 2015

Ainda nao compreendo.



 Como eu,  uma legião de homens não se conformam com os desígnios da morte. Não entendemos porque admirados com tanta criatividade e inteligência, admirados com o talento,  achamos desnaturai até injusto quando uma mente admirada vai definhando, definhando  e a não ser por conta de um imprevisto que são muitos, a velhice e a morte os tomam. Não conseguimos digerir o fatídico caminho que percorremos incondicionalmente.  Não é previsão  é iminência,   não é escolha é imposição da vida. Não é sentimentalismo é fato, duro, cruel, desumano. Sim, por que como se explica nascermos tolos, e a vida nos atribular em toda nossa trajetória, impondo-nos sujeição, impondo-nos medo, incertezas quando a única certeza que temos é a morte.  Desde nosso nascimento tudo é incerto:  o que seremos, se sobrepujaremos as inclinações medíocres de nossas raízes, se nos sobressairemos dos nossos iguais  num mundo de diferenças, sociais, teocráticas, culturais e se,  conseguiremos nos desvencilhar das nossas inclinações limitadoras e divertidas para impor-nos a disciplina necessária para dar um foco de  luz as nossas ideias.  E quantas pessoas se fizeram enxergar por intermédio de suas obras, de seus pensamentos, das suas descobertas, etc. Tantos e nenhum porque há tantos cuja obra nos enche os olhos, mas que nada sabemos de como construíram seu arsenal  intelectual  ou se  este foi meramente um presente divino  ou causa da forma única de ver a vida, ou ainda,  uma capacidade inata de  captar  um momento considerado irrelevante por muitos mas que alicerça tantos outros que possam vir a ser o pilar de outras. Talvez  a postura tenaz diante de uma incompreensão ou, a inquietação diante de uma ideia  preconcebida  por uma outra mente que não teve tempo para ver suas ideias florescerem.  Quando vemos cabeças privilegias galgando rumo ao nosso incondicional desfecho, bate uma inconformidade, bate uma sensação de fragilidade, porque quando alcançamos um patamar de realizações  estamos no cataclismo da vida, caminhando para o berço da morte.  Talvez possamos nos estribar numa frase de Fernando Pessoa para desfrutarmos algum conforto diante de uma trajetória  insignificante:  Tudo vale a pena, se a mente não é pequena. Fico com a  impressão que a  que a vida é mais que isso.

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