Como eu, uma legião de homens não se conformam
com os desígnios da morte. Não entendemos porque admirados com tanta
criatividade e inteligência, admirados com o talento, achamos desnaturai até
injusto quando uma mente admirada vai definhando, definhando e a não ser por conta de um imprevisto que são
muitos, a velhice e a morte os tomam. Não conseguimos digerir o fatídico
caminho que percorremos incondicionalmente. Não é previsão é iminência, não é escolha é imposição da vida. Não é
sentimentalismo é fato, duro, cruel, desumano. Sim, por que como se explica
nascermos tolos, e a vida nos atribular em toda nossa trajetória, impondo-nos
sujeição, impondo-nos medo, incertezas quando a única certeza que temos é a
morte. Desde nosso nascimento tudo é
incerto: o que seremos, se sobrepujaremos
as inclinações medíocres de nossas raízes, se nos sobressairemos dos nossos
iguais num mundo de diferenças, sociais,
teocráticas, culturais e se, conseguiremos nos desvencilhar das nossas inclinações
limitadoras e divertidas para impor-nos a disciplina necessária para dar um
foco de luz as nossas ideias. E quantas pessoas se fizeram enxergar por
intermédio de suas obras, de seus pensamentos, das suas descobertas, etc. Tantos
e nenhum porque há tantos cuja obra nos enche os olhos, mas que nada sabemos de
como construíram seu arsenal intelectual
ou se
este foi meramente um presente divino ou causa da forma única de ver a vida, ou ainda, uma capacidade inata de captar um momento considerado irrelevante por muitos
mas que alicerça tantos outros que possam vir a ser o pilar de outras. Talvez a postura tenaz diante de uma incompreensão ou, a inquietação
diante de uma ideia preconcebida por uma outra mente que não
teve tempo para ver suas ideias florescerem. Quando vemos cabeças privilegias galgando rumo
ao nosso incondicional desfecho, bate uma inconformidade, bate uma sensação de
fragilidade, porque quando alcançamos um patamar de realizações estamos
no cataclismo da vida, caminhando para o berço da morte. Talvez possamos nos estribar numa frase de
Fernando Pessoa para desfrutarmos algum conforto diante de uma trajetória insignificante: Tudo vale a pena,
se a mente não é pequena. Fico com a impressão que a que a vida é mais que isso.
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