someone lyke you

sexta-feira, 24 de abril de 2015

TEnho uma proposta



Tenho uma proposta
Se você de mim gosta
Não tenha desconsideração
Avise-me se é meu teu coração
Mas não com palavras,
E sim  com  ação

Não suma, não fuja, não minta
Por mais que eu sinta
Seja leal.
Eu sei que existe o mal
Se isto te compraz, admita!
Prefiro a  real

Eu sei que no  seu peito bate um coração
Talvez até  puído pela decepção
Mas eu não tenho culpa
Da sua volúpia
E se não ouço minha intuição
É porque muito me custa.

Se pra você tanto faz
Demorou! Não quero  mais
Cansei deste seu jogo
Se, pareço tolo
Liberto-me das amarras
Eis o nosso epílogo



Fica assim então
Devolva meu coração
Vai ser feliz com quem tem tempo
Quebrou o seu brinquedo
Cansei desta canção
Vá cantar ao  vento



sábado, 18 de abril de 2015

Nossos Medos



Nossos medos. Eles estão sempre conosco. Mas, exceto quando  o medo real, nossos medos dos acontecimentos futuros são uma espécie de neurose que podem sim contribuir no resultado final mediante energia empregada.  Não sei por que andamos à margem daquilo que nos faz mal. Penso que isso tem a ver com nossas inseguranças. Estas por sua vez têm a ver com nossa formação debilitada, nossa desnutrição emocional formada pelos nossos medos.  É como se aquilo que alimentássemos  tomasse corpo e crescesse. Alimentar o medo é algo bem comum. Fazemos isso toda vez que damos vazão a pensamentos infundados e o sustentamos em nossa imaginação tirando conclusões precipitadas.  De onde surgem  nossos medos?  Como se encorpam  e tornam-se suntuosos? Das nossas inseguranças. Que são um acúmulo de acontecimentos passados que nos assombram quando menos esperamos.  Nossos medos não são de todo ruins. Eles são uma série de regras e limites que estabelecemos para nossa proteção. Assim se algo no passado foi uma experiência ruim serve-nos de base para situação semelhante. Ironia caprichosa de nosso instinto de sobrevivência. Quando pensamentos nos enchem de inseguranças estão  nos protegendo do imprevisto. Como se pudéssemos prever o que pode  vir a ser.  Relatos de experiências alheias também contribuem para nossa visão de como uma situação pode terminar.
Quando nossos temores são direcionados contra  alguém que gostamos corremos o risco de magoá-la seriamente.  O cara que sempre acha que vai ser traído  é inseguro e  sua insegurança faz com que ele esteja sempre esperando algo ruim, e, por conseguinte suas atitudes são sempre tensas, e suas palavras recriminadoras. Esta tensão  resulta em estresse, destemperança comportamental e  acusações.  Seus temores   transformam a vida das pessoas que o cercam negativamente  resultando exatamente  no que  temia. Conforme sua vontade. Não que ela fosse  consciente, mas,  passou  a  ser quando alimentada com tanto zelo. Corrigir um comportamento intrinsecamente arraigado é  difícil  porque mexe com  emoções  fortemente estabelecidas. É como remover uma nódoa de um tecido.
 E se por acaso acontecer o que você lutou muito para afastar dos seus pensamentos? Não há o que se fazer.  Coisas acontecem alheia a nossa vontade. Cabe-nos não alimentar pensamentos ruins. Cabemo-nos o esforço de sempre nutrimos nossa mente com pensamentos otimistas em detrimento daquilo que é negativo. A dor pode ser inevitável mas o que pensamos pode ser a diferença entre como ela nos afetará. 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O tic tac do relógio



O tic tac do relógio é decepção
E cada segundo parece uma eternidade
E para cada item de felicidade
Um item  de desilusão.

E os porquês pipocam em todos os lados
Velhas lacunas, velhos rivais e o atual
Fantasmas da coerências e os da incoerência?
Diante do caos
E das  reticências

As noites de paz tornaram-se refrão
De melodia de dor ao coração
E a espera dilacera
Estou te esperando sob a janela

E assim que vivo
Cada noite um ritmo
A espera da redenção
Esperando no  impossível satisfação

Ingenuidade, comodidade, paga?
Mais porquês na minha salada.
Um vitupério a minha razão
Que repleta de mágoa
Quer mais uma demão

Nesta estrada  há dois caminhos
Um da lógica outro do coração
Em ambos escrutínio
Em ambos vastidão


Se me estribo na lógica
Machuco o coração
Se me estribo no coração
Não tem lógica

Porque as horas de   redenção
São tiques de decepção.


 



domingo, 5 de abril de 2015

Ainda nao compreendo.



 Como eu,  uma legião de homens não se conformam com os desígnios da morte. Não entendemos porque admirados com tanta criatividade e inteligência, admirados com o talento,  achamos desnaturai até injusto quando uma mente admirada vai definhando, definhando  e a não ser por conta de um imprevisto que são muitos, a velhice e a morte os tomam. Não conseguimos digerir o fatídico caminho que percorremos incondicionalmente.  Não é previsão  é iminência,   não é escolha é imposição da vida. Não é sentimentalismo é fato, duro, cruel, desumano. Sim, por que como se explica nascermos tolos, e a vida nos atribular em toda nossa trajetória, impondo-nos sujeição, impondo-nos medo, incertezas quando a única certeza que temos é a morte.  Desde nosso nascimento tudo é incerto:  o que seremos, se sobrepujaremos as inclinações medíocres de nossas raízes, se nos sobressairemos dos nossos iguais  num mundo de diferenças, sociais, teocráticas, culturais e se,  conseguiremos nos desvencilhar das nossas inclinações limitadoras e divertidas para impor-nos a disciplina necessária para dar um foco de  luz as nossas ideias.  E quantas pessoas se fizeram enxergar por intermédio de suas obras, de seus pensamentos, das suas descobertas, etc. Tantos e nenhum porque há tantos cuja obra nos enche os olhos, mas que nada sabemos de como construíram seu arsenal  intelectual  ou se  este foi meramente um presente divino  ou causa da forma única de ver a vida, ou ainda,  uma capacidade inata de  captar  um momento considerado irrelevante por muitos mas que alicerça tantos outros que possam vir a ser o pilar de outras. Talvez  a postura tenaz diante de uma incompreensão ou, a inquietação diante de uma ideia  preconcebida  por uma outra mente que não teve tempo para ver suas ideias florescerem.  Quando vemos cabeças privilegias galgando rumo ao nosso incondicional desfecho, bate uma inconformidade, bate uma sensação de fragilidade, porque quando alcançamos um patamar de realizações  estamos no cataclismo da vida, caminhando para o berço da morte.  Talvez possamos nos estribar numa frase de Fernando Pessoa para desfrutarmos algum conforto diante de uma trajetória  insignificante:  Tudo vale a pena, se a mente não é pequena. Fico com a  impressão que a  que a vida é mais que isso.