someone lyke you

domingo, 17 de agosto de 2014

DESAVENÇA



Relações humanas são necessárias para sermos pessoas melhores, para nossa própria integridade, física, moral e espiritual e para suprir nossas necessidades primárias de sobrevivência e interação. Durante nossa curta jornada na terra, interagiremos com muitas pessoas, algumas delas nos  acompanharão durante toda jornada, outras estarão presentes em parte dela, outros em curto espaço de tempo e outros apenas de relance,  entre outras.. Comumente as pessoas que passam mais tempo conosco ficam mais íntimas, exercem maior influencia em nossas vidas e, por conseguinte é possível que este estreitamente gere  conflitos de ordem pessoal, de ponto de vista, contragosto, picuinhas, interpretações, divergências... Segue uma lista imensa de fatos que podem criar atritos.  E estas poderão ser sanadas por conta de uma reflexão sabia ou podem resultar em uma inimizade perene.  Comumente manifestamos nossa insatisfação por intermédio das palavras, embora nossa linguagem corporal, para os mais observadores,  fale primeiro.  As palavras são expressões advindas de nosso coração e quando transtornado  e dependendo de nossa sensibilidade,  autodomínio  e  bom senso,  externamos sensatamente ou impulsivamente. Mas seja lá a forma que demonstremos insatisfação, sempre esperamos que, principalmente as pessoas que gostamos nos ouçam e expressem isso por meio  de ações.  Claro que existem situações que nosso temperamento febril fala mais alto e expelimos com ira atos e palavras que quase sempre terminarão em tragédias... Certo é que a desavença mina nossa confiança, nossa resiliência. Quando abusamos indiscriminadamente da bondade alheia ou quando fazemos ouvidos mocos para  uma atitude que está afetando diretamente alguém que gostamos e não fazemos nada para escutar seus clamores desgastamos o sentimento que ela por acaso possa nutrir.  Infelizmente as vezes falta-nos empatia para assimilarmos um pedido de reavaliação de nossa conduta que desagrada. Uma amiga cujo namorado era muito ausente, falava repetidamente como interpretava sua desatenção. Mas, o rapaz simplesmente não lhe dava a devida atenção.  Infelizmente a persistência nas suas atitudes desgastou consideravelmente  o que antes era um namoro promissor. Foi como sua intuição revelasse que aquela conduta influenciaria nocivamente a relação de forma  que ela entendeu que se no presente aquilo era motivo  de pesar futuramente seria ainda mais doloroso, seria mais notável e a ferida que já causava ressentimento se tornaria uma chaga incurável. Precisamos dar a devida atenção para atos que possam estar causando ruptura em nossos bons relacionamentos. Abusarmos da resiliência alheia pode botar este relacionamento em xeque, arruinando a confiança, dificultando um bom relacionamento.  Sabemos que uma boa conversa depende de sabermos ouvir e saber ouvir é mais do que simplesmente escutar. Ouvir requer ação.  A desavença é falhar no diálogo. E para que aja um bom diálogo você precisa de uma qualidade que é adquirida pela sabedoria , a perspicácia. Perspicácia é saber  ouvir o que se falou.  É ter a agudeza de espírito para notar quando nas palavras existem um clamor de atenção exigindo mudanças no seu comportamento. As vezes o remédio para aprendermos ouvir é  a perda de quem gostamos muito, mas que magoamos  por não saber ouvir. Sobre  a perspicácia ainda é preciso dizer que muitas vezes precisamos ouvir o que está entrelinhas. Certa ocasião fui fazer um teste psicológico para ingressar no meu primeiro emprego. Depois de uma breve explicação de como fazer o teste, para se certificar de que tinha entendido a instrutora fez o próximo comigo. Respondi errado, mas ela não falou nada, embora seu olhar de desaprovação dissesse muito. O que fez com que eu reavaliasse o teste foi sua  expressão reprovadora. Pensei mais um pouco e vi onde estava o erro. E depois daquilo o resto foi suave. A perspicácia faz você enxergar a frente dos acontecimentos.
 A desavença traz discórdia  que podem minar nossas boas relações. Porque não usar a perspicácia para escutarmos com mais empatia e vermos o que de prejuízo nossa desatenção aos clamores alheios podem trazer?

domingo, 10 de agosto de 2014

Meu vizinho



Uma dose de remédio para curar o tédio. As vezes é bem indigesto acordar 8:00 da manhã em pleno sábado  com seu  vizinho martelando não sabe-se lá  o que. Um  horário  nada  propício. Sábado alheio deveria ser respeitado.  Bom,  pelo menos enquanto se refere ao seu. Mas ainda que seja pelo mais nobre motivo ninguém deveria acordar ninguém sábado 8:00 da manhã.  Ah, tá certo, todo mundo sabe que Deus ajuda quem cedo madruga. E claro,  um dia produtivo começa quando os galos cantam. No meu caso, quando o vizinho começa a dar porrada como disse: sabe-se lá  onde. Estou criando certa antipatia pelo  formiga no rabo. Sim, foi o apelido que arrumei pra ele. Se o conhecesse entenderia o porquê disso. Todo sábado é a mesma coisa. E olha que aprecio muito quem valoriza cada minuto do seu dia. É até estimulante. Bom, acho que sim. Outro dia foi o caso do telhado. E noutro foi o quintal sujo, Deus, quintal sujo? Por aí vai.  É,  eu sei, pura  implicância. Estes dias parecia que o cara chamava chuva. Isso mesmo, assim como índio quando dança batendo tambor.  Pelo menos era a impressão cinematográfica que dava. Era o barulho ensurdecedor de uma placa de alumínio. Como se na casa do cara, alguém gritasse: Barulho de trovão!!  Agora serra elétrica!  Tá bom,  estou implicando.  Mas, entenderia se morasse  aqui. Mas, hoje estou tentando ver as coisas por outro prisma. Tentando ficar  ZEM  diante das porradas  não se sabe lá no que, alheia. Tentando aprender me concentrar em meio a tanto BARULHO. Comecei a pensar no lado  bom  da coisa. Pensei, pensei, pensei.  Como estava demorando pra achar alguma coisa boa... (Ainda estou tentando) Pensei em mudar o foco. Retaliação? Humm!  Isto é do mal.  Foi algo que me passou pela cabeça, mas só pra me confortar.  Pensei no que poderia fazer.  Rádio! Sim, rádio alto na maior decibel que pudesse. Horário? 6 da manhã no domingo.  Funcionou com um colega meu. Segundo ele seu vizinho acordava 5 da matina e começava bater a porta. Imagina você  sonhando com aquela bela gata, quando de repente uma barulho de porta persistente entra no  seu sonho.  É como se do nada a garota começasse a berrar e chamar você de tarado! Socorro Tarado!, pah, pah, pah!  Mas a cena já passara e o barulho da porta não. Tinha razão de acordar p da vida.
Uma semana foi o que ele aguentou sem reclamar, ele disse. Depois   resolveu contra -atacar. Dizem que chumbo trocado não dói. Mas doeu.  O vizinho foi  tirar satisfação. A música que espanta os males incomodava mas as bateções de porta não? Concordaram numa trégua. Sem barulho de portas sem músicas. Barulho na porta, música. Um belo acordo.  Mas no meu caso se colocar música alto vai acordar a vizinhança toda.  E tenho impressão que minha aura vai ficar negra  por causa de tanta energia negativa. Você sabe, como juiz de futebol.  Não, não ia dar certo. Preciso de outra ideia. Talvez eu devesse ir lá conversar. Não, não daria certo. Oito horas é a hora que a lei diz que se pode fazer barulho. E  o vizinho amparado pela lei  tripudiaria.  Ideia descarada.  Estou sem ideias. Acho que por enquanto não há nada a se fazer. Ah não ser praguejar. Boa ideia! Praguejar. E se o feitiço voltar contra o feiticeiro? Melhor não.  Vou pensar mais um pouco quem sabe estas batidas matutinas, sabe-se lá onde, faça-me  criar o hábito de acordar cedo e  arrumar alguma coisa pra fazer. Quem sabe também não arrume alguma coisa pra bater. Talvez aí ele entenda o que sinto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Quem é o autor?



Deus, este  indefinido artista de muitas artes. O cara! Magnânimo, grande, poderoso, todo poderoso. Parece que os adjetivos são parcos para enaltecer sua natureza grandiosa. O cara das mil e uma criações. Olha só a diversidade  das suas grandezas! São de cair o queixo. Repare na extensão do universo...  O que dizer das galáxias com suas incontáveis milhões de estrelas. Achou fascinante? Mas continue a olhar o firmamento, ficará cada vez mais boquiaberto e perplexo pela complexidade da imensidão. Buracos negros, supernovas, cometas, planetas, sistemas de rotação, translação... Voltando os olhos para a terra, não deixara de admirar sua singularidade. Sim, estas,  muitas vezes questionadas pela complexidade e por  ter tudo em perfeição  para manter a vida. Repare nos insetos. São invertebrados, mas muitos se alimentam de sangue. Outros são tão pequenos que mal podem ser vistos, outros microscópicos,  mas contribuem para manutenção da vida num planeta que parece que todos dão sua contribuição  e que cumprem uma função específica dando-nos a sensação que todos de alguma forma estamos intimamente ligados...  Colônias de bactérias que habitam nosso corpo  contribuindo para seu bom funcionamento, nosso exército de defensores que são convocados para guerra cada vez que um intruso atrapalha a harmonia do nosso corpo. Repare a simplicidade do DNA de uma planta e veja  quantos anos foram precisos pra desvendar seus mistérios. (simplicidade agora que descoberto)  O que dizer da complexidade do DNA do homem, dos animais. E como sua variedade e mutação continua assombrando até o mais prócer  dos homens. Pra todo canto que olhamos existe uma lei da física agindo e nos ensinando. Parece que o artista causador de todas as coisas tinha muita intimidade com todas as ferramentas que envolve aritmética, física...  E tantas outras ciências que ainda nem sabemos o nome, mas que admitimos que existam... E tantas outras que ainda virão que nos chocarão beneficamente  surpreendendo nossa intelectualidade?  Olha a delicadeza de um dente, mas não menospreze a sua funcionalidade. É de pasmar como ele é tão eficaz funcionalmente e esteticamente. Se for mais longe e olhar o reino animal verá que existe os predadores  alfas que numa linha de superioridade  ocupam a parte de cima da cadeia alimentar e outros  que são predados  numa linha alimentar sustentável e simbiótica  intrínseca e indispensável para a sobrevivência humana. Tudo é admirável. Uma  árvore que  pode viver milhões de anos a uma flor que pode viver horas. Que serve de alimento para os insetos, abelhas e pássaros que polinizam a terra com o  pólen  permitindo a continuidade da vida.  Onde o ultimo beneficiado é o homem. Não seria possível a  extensão da vida sem as abelhas por  exemplo. Repare os quadros feitos pelas mãos humanas. Existem alguns que custam pequenas fortunas. Mas se comparada a obra prima da vida, o que é um quadro? Ainda que expresse a profundeza da alma humana  é reles quando se comparada a vida. Imagine uma ponte poderosa por onde passam milhares de carros evidenciando toda sua potestade e enaltecendo a inteligência humana. Mas o que é uma ponte comparada a um vulcão, ou a um Grand Canyon,  ou as Cataratas  do Niágara e  Foz do Iguaçu...
Somos capazes de bendizer as grandezas feitas pelas mãos humanas e menosprezarmos as grandezas do nosso criador. Sim, porque batemos palma para teorias que isentam a criação, mas estamos sempre admirados com obras de artes  que  não admitimos não ter um autor.  Mas para  o mundo perfeito, com leis regiamente estabelecidas afirmamos que surgiu por  acaso.  Fala sério! É muito pra cabeça.

sábado, 2 de agosto de 2014

Conversas profundas



Eu sempre fico me perguntando o que é. Sim, vejo pessoas proferindo o termo. Vejo que há indefinições sobre o que venha a ser um  papo mais profundo. Pra mim é uma procura incansável. É mais do que trocar informações técnicas, ou especular sobre universo,  ou diálogos sobre conhecimentos científicos que inovam e melhoram o mundo. Dentro do meu íntimo ainda não consegui entabular esta conversa que aquietasse minha alma. As vezes em minhas viagens rotineiras, (do meu serviço para casa, de minha cidade para a capital) fico observando certos casais. Eles estão tão próximos e de onde estou só consigo observar o movimento de suas bocas. E fico imaginando que tipo de conversa rola ali...Qual a profundidade daquilo que falam. Se pudesse ouvir ficaria admirado? Surpreenderia-me em ouvir o dito?  Talvez por apenas ver o balbuciar de bocas mexendo misturado com um olhar profundo de intimidade imagine que ali haja  uma conversa  instigante. Mas o que é uma conversa instigante? O  que poderia se falar que pudesse denotar uma conversa profunda, que demonstrasse uma entonação de afinidade, objetivos e amor... Acho que pra mim sempre será uma incógnita. Ao menos que eu pudesse ouvi-los. Mas acho que isso seria decepcionante. Comumente a conversa das pessoas paira em torno de amenidades.  Não que amenidades seja ruim. É que acho que este papo de conversa profunda, de fato não existe. Alias, existe. Ouvindo Lulu Santos que é definido como é um cantor popular . Ele diz: As vezes eu me sinto uma mola encolhida. É muito profundo. Quantas e quantas vezes, em tantos lugares, festas, reuniões sociais, escola e  palestras proferidas não foi exatamente assim que me senti. Penso que a grande reflexão é produto das nossas inquietações solitárias e nunca se manifestam em um diálogo a dois. Certamente depois de refletirmos sós partilharemos nossas indefinidas conclusões a outros.Mas como resultado do pensado em solidão.  Esta aí os compositores que não me deixam sozinho. As vezes a letra de uma música fala tão alto aos nossos corações e nos comove tão profundamente que estiliza nosso comportamento matuto. Leva-nos a uma viagem reflexiva além daquilo que estamos acostumados,  numa profundidade d alma nunca antes vista. A bíblia menciona uma conversa nos céus. Ela paira sobre  fidelidade. A pergunta em voga era sobre as condições do coração do homem e  o que o motivava. Um dos questionadores afirmava que os caminhos do homem são motivados pelo seu egoísmo e que se ele fosse privado das suas regalias ele não se sustentaria. Um papo cabeça, poderia se dizer. Envolvia muitas coisas.  Acho que quando se fala de conversa profunda, tem mais a ver com o que envolve dentro de todo contexto.  Neste ínterim se pensarmos numa reunião que definirá um novo conceito de mercado sobre telefonia celular veremos que envolve muitas etapas... Mas, ainda assim sua finalidade principal será para que as pessoas continuem falando sobre amenidades.