Deveríamos pensar nesta palavra como: desprender de dogmas, conceitos amplamente arraigados
incutidos em nós por nossos pais,
amigos, educação, cultura... Temos uma infinidade de coisas que poderíamos e
deveríamos abrir mão se estivéssemos abertos para isso. É conhecido que, desaprendemos respirar corretamente conforme crescemos e por conta disso perdemos
muito de nossas habilidades respiratórias.
É um evento involuntário, simplesmente
trocamos o certo pelo errado. Lógico
que há coisas fortemente arraigadas em
nós que não são fáceis de serem
removidas simplesmente porque assim desejamos e, ainda
sofremos com a indisposição mental para isso. Um ditado popular diz muito a
respeito de nossos conceitos quanto a isso: Em time que está ganhando não se
mexe. Sempre que penso em desaprender e falo na dificuldade disto, penso numa
árvore cujas raízes cresceram tanto ao
ponto de invadirem uma calçada ou algum lugar que não era esperado. Se de
alguma forma você desejar corrigir este
avanço inesperado terá dificuldades em arrumar uma solução. Nossos pragmatismos
arraigados se assemelham a isto. Pense
num médico que não aceita uma nova tecnologia porque ela lhe será ensinada por
um médico mais novo e muito menos experiente.
Ou num dentista que não busca atualização para novas tecnologias porque esta ocupado demais com seus honorários e nem um pouco disposto a abrir mão
deles. Um contabilista que prefere escrever suas anotações em calhamaços de
papeis porque não sabe usar uma planilha
eletrônica. Falando a, grosso modo, estes são relatos que são tão absurdos que chama-nos
a atenção pela extravagância que representam. Custamos acreditar que há casos assim: discrepantes e questionadores. Mas
existem sutis conceitos engendrados que nos limitam e estes precisam de um
escrutínio mais intrínseco para que eles venham a tona. Desaprender é nos
livrarmos daquilo que nos torna pequenos, talvez este conceito generalizado
faça-nos medir aquilo que tem nos impedido de crescermos como pessoas, como
pais, como profissionais como maridos e como filhos. Assim, torna-s dispensável citar o que nos faz pequenos e, se olharmos para
dentro de nós reconheceremos aquilo que nos limita. As vezes preferimos nossa
comodidade, as vezes escolhemos a inércia, embora esta nos incomode.. Tenho a
impressão que nosso pior problema quanto a isso é nosso orgulho, este sim fala
alto quando conscientemente reconhecemos que precisamos de aprimoramento, mas
ao pensarmos nas condições que teremos que passar para nossas realizações,
escolhemos nossa posição cômoda, ao sairmos dela, em prol de algo maior.
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