someone lyke you

quinta-feira, 26 de junho de 2014

frivolidades



A palavra nos lembra  ação sem medir consequências. E, se bem observarmos,  a palavra  paira em todos os meios da sociedade e permeia ações humanas muito rotineiramente. Tomando apenas como modelo,  nossa conduta a dois,  logo veremos o tamanho do estrago que atitudes frívolas podem gerar. Não tenho nada  contra frivolidades, aliás acho que grande parte de nossas atitudes são norteadas por nossas ações egoístas o que incrementa bem o termo.  Ouço muitos dizerem que nós  homens somos polígamos, pluralistas ou infiéis por natureza.  E tentamos justificar nossas ações pegando  como exemplo os animais, como se o fato de os observamos e concluirmos que no reino animal é comum  a infidelidade justificassem nossas ações pouco ortodoxas.  Só lembrando que animais não tem consciência moral  que nos distingue e que    causam sentimento de culpa quando nossos desdobramentos causam dor.    Homens contam como saldo positivo suas aventuras amorosas, fruto de nossa ânsia pela satisfação da carne, dos nossos impulsos primitivos, de nossa procura de suprir nossas necessidades de ser amados. Com o tempo sentimos uma necessidade de um relacionamento extra conjugal e este tem muito a ver com nossas dificuldades no relacionamento a dois. Lógico que há um leque interminável de fatores que contribuem para terminamos entre lençóis... E sobre eles selamos um ciclo de dor, angustia, infidelidade e ruptura da confiança  e,  nossos motivos, ainda que justificáveis trazem consequências dolorosas. Sim, as vezes confiamos que ficará oculto, que ninguém descobrirá... Mas, quando envolvidos ficamos tão discretos como um elefante numa rua movimentada. Fazemos coisas irrefletidas que selam com neon nossa discrição. A verdade é que banalizamos valores em prol da nossa satisfação e jogamos perigosamente um jogo que pode nos custar caro.
Neste ínterim a palavra frivolidade,  caí muito bem, porque desvalorizamos os valores que alicerçam uma nação: a família.  E isto está tão intimamente inserido em nós que desejamos  a vida a dois ainda que digam que é um modelo falido. ... Temos necessidade de preservar a continuidade da família e tudo que ela implica. Talvez a certa altura, cansados da vida rotineira almejamos ter um casinho aqui,  ou dar uma fugidinha para sair da rotina... Mas se pensarmos que ao opinar por uma ação fortuita, corremos o risco de perder tudo e ainda deixarmos um lastro desastroso de dor, ressentimentos e toda sorte de coisas que pra falar verdade não tem nada a ver com sorte, pensaríamos duas vezes antes de lançar mão e considerar algo tão importante com frivolidade.

domingo, 22 de junho de 2014

DESAPRENDER




Deveríamos pensar nesta palavra como:  desprender de dogmas, conceitos amplamente arraigados  incutidos em nós por nossos pais, amigos, educação, cultura... Temos uma infinidade de coisas que poderíamos e deveríamos abrir mão se estivéssemos abertos para isso.  É conhecido que,  desaprendemos respirar corretamente  conforme crescemos e por conta disso perdemos muito de nossas habilidades  respiratórias. É um evento  involuntário, simplesmente trocamos o certo pelo errado. Lógico que há coisas  fortemente arraigadas em nós que  não são  fáceis  de serem  removidas      simplesmente porque assim desejamos e,  ainda sofremos com a indisposição mental para isso. Um ditado popular diz muito a respeito de nossos conceitos quanto a isso: Em time que está ganhando não se mexe. Sempre que penso em desaprender e falo na dificuldade disto, penso numa árvore cujas raízes cresceram tanto  ao ponto de invadirem uma calçada ou algum lugar que não era esperado. Se de alguma forma você desejar  corrigir este avanço inesperado terá dificuldades em arrumar uma solução. Nossos pragmatismos arraigados se assemelham a isto.  Pense num médico que não aceita uma nova tecnologia porque ela lhe será ensinada por um médico mais novo e  muito menos experiente. Ou num dentista que não busca atualização para novas tecnologias porque esta  ocupado demais com seus  honorários e nem um pouco disposto a abrir mão deles. Um contabilista que prefere escrever suas anotações em calhamaços de papeis porque não sabe usar  uma planilha eletrônica. Falando a, grosso modo,  estes são relatos que são tão absurdos que chama-nos a atenção pela extravagância que representam. Custamos acreditar que há casos  assim: discrepantes e questionadores. Mas existem sutis conceitos engendrados que nos limitam e estes precisam de um escrutínio mais intrínseco para que eles venham a tona.  Desaprender é nos livrarmos daquilo que nos torna pequenos, talvez este conceito generalizado faça-nos medir aquilo que tem nos impedido de crescermos como pessoas, como pais, como profissionais  como maridos e  como filhos. Assim,  torna-s  dispensável citar o que nos faz  pequenos  e,  se olharmos para dentro de nós reconheceremos aquilo que nos limita. As vezes preferimos nossa comodidade, as vezes escolhemos a inércia, embora esta nos incomode.. Tenho a impressão que nosso pior problema quanto a isso é nosso orgulho, este sim fala alto quando conscientemente reconhecemos que precisamos de aprimoramento, mas ao pensarmos nas condições que teremos que passar para nossas realizações, escolhemos nossa posição cômoda,    ao sairmos dela,  em prol de algo maior.

domingo, 15 de junho de 2014

história de uma noite irreal



Ela tirou sua roupa desenxabida
Caramba, curvas, curvas e mais curvas.
Era o mapa mais lindo que já vira
Tantos detalhes que cairiam bem em qualquer mobília.
A beleza ficaria envergonhada
Mas a formosura é uma dimensão que os olhos definem
E ali havia tantas definições...
Aqueles pés por exemplo
Cinderela que nada!
. Eles não eram de comer, mas davam uma fome.
Sim para serem beijados.. acariciados, tocados...massageados
Canelas, quem repara em  canelas?
Mas não eram apenas canelas, eram AS CANELAS.
Sorver de prazer é a única expressão concebível.
As panturrilhas! Atletas, fisiculturistas, bah, amadores.
Aquilo era panturrilha, pantufas, deleite.. chame do que quiser...
Coxas? Sibilavam como serpentes, e o calor que emanava delas?
Uma mistura inebriante de calor e doçura, labaredas espevitando  tudo,
Folego, sim folego é o que preciso.
Falta-me o ar, falta-me derivados
Há tanto a desvendar,
Era, Angeline, era Isis?
Um sonho?
Mas,  parecia tão real. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Quero voar



As vezes minha mente voa .
E nela vão meus sonhos
Soltos  em  pensamentos
Traz a tona  sensos e contrasensos
Revelando motivação
E quando em pensamentos vãos
Vão os pensamentos infindos



Refletido vejo
Prescrutando atos infimos
Encarando entonações
Devaneios eu escrutino
Anseios e constatações 
Feridas e suas chagas
Atos julgados e veredictos
Reveses reveladas
Amores vividos.

Inquietações amofinadas
Genuinas feridas
Verdades malfadadas
Palavras  incontidas
Verdades dilaceradas
Há muito esquecidas
Devaneios  desejados
Anseios aflitivos
Vozes embargadas
Queixumes infinitos
Projetos adiados
Casos indefinidos

Estou perdendo a essência.
De viver sem indagação
De viver matutando
Sem tamanha exclamação
Desamarro os cadarços
Dos laços que me sufocam 
Calo-me com os compassos
Que me afogam
E vou sufocando
Coração cutucando o pulmão.

Grito fluindo a decepção
E desço ao submundo da desilusão
Nas sementes que plantei
O tempo ira determinar
Se frutos irão germinar

Pois como o tempo vem as raizes
Num tempo determinado.

Tempos de espera 
Que consola o desconsolado
Que repara o sono refugado
Que acalma o coração desarvorado 

Voa mente, vai!
Correr com o vento
Que sou desadento, demais
Com o coração alheio
Que devia com carinho, com carinho pagar
Sintetizo pensamentos meus
Na imensidão dos seus.
Cuidado frágil
Cuidado descaso
Com os frutos do ventre livre
De onde vem a matize
Da esperança...
Do amor.