Às vezes você precisa atingir o
auge da posse pra descobrir que você não possui nada.
E quando perde você supervaloriza
o que perdeu, mas depois, com o passar
do tempo você descobre que a coisa nem era tão valorosa assim, então você entra numa fase de questionamentos:
Como pude fazer isso, ou como pude aceitar aquilo? Deus onde estava com a cabeça!
Mas te garanto que nem o cume de
uma situação e nem o seu oposto faz bem para o coração.
Mesmo diante de crises emocionais como estas, o ideal é que você ache o ponto de equilíbrio,
este sim fará você ver que a outra parte
era apenas um ser humano imperfeito, procurando as mesmas coisas que você... Sim,
houve incompreensão, motivos para que não desse certo, mas culpa? Responsabilidades?
Nos somos aprendizes de tempo
integral e aprendemos com nossos
sofrimentos, com nossos relacionamentos desfeitos, aprendemos com nossas
inconstâncias...Não erramos porque queremos, ou talvez até erramos, mas não é
algo diabólico ou premeditado. Se erramos é por não vislumbrar as coisas como
deveriam ser , por não estarmos preparados para aquela situação ou mesmo por
sermos levianos em nossas atitudes, mas nada coniventes com a premeditação.
Ah, atingir o auge da posse é
você achar que pode controlar a vida da pessoa amada? Sim, achar que pode
controlar seus pensamentos, vontades, etc. E tal. Não pode. Mesmo porque às vezes nem a própria
pessoa sabe o que sente... Às vezes, nem
sabe o que quer como você próprio as vezes não sabe. Então como pode controlar alguém?
Mas, isto não é uma coisa que se aprende da noite para o dia, é um longo processo de
dor, angustia, questionamentos... Romper um molde pré-estabelecido não é simples, não é
fácil e muito menos consciente, você
precisa estar imunizado dos efeitos deste sentimento para que então possa
romper o molde e isso, exige tempo. Custa-se a entender que o tempo cura os
males da alma quando sob o efeito da paixão. O simples fato de admitir a perda é possessivo e
posse é manipular a si mesmo sob as rédeas de uma cegueira claustrofóbica, porque além daquilo, você não consegue ver
mais nada e como não consegue ver sente medo de perder o que é ruim, o que está
te tornando pequeno, o que o está descaracterizando , o que está te fazendo
infeliz. Eu sei parece confuso, mas quem
disse que o sentimento de posse é fácil de entender? Passamos a vida toda
aprendendo que o que é nosso é nosso e que não devemos confiar nas pessoas, e que não devemos dar margem para uma possível
traição e que a forma de não perder é controlar. Gerimos um medo por algo ainda não vivido e
ficamos esperando que aquilo que não aconteceu ainda vá acontecer e neste clima
tão bem elaborado por nossa mente perversamente criativa entramos numa relação promissora,
armados até os dentes como se a pessoa
que decidimos amar fosse nossa inimiga, o que, por conseguinte acaba sendo. É
como alimentar um monstro em nossa imaginação e darmos vida a ele por conta do
nosso medo, depois, temos que remover tudo isso para assimilarmos
um conceito equilibrado? Isto realmente não é fácil, mas não é impossível,
basta boa vontade e alguma dose de sofrimento caso você esteja no olho do furacão.
A liberdade da posse não garante
que você não irá mais conviver com ela, pois as pessoas do seu convívio a
possuem e isso lhe sobrevêm como aviso para uma vigilância constante dos seus
sentimentos e isto é muito bom porque toda lição aprendida precisa ser
constantemente recapitulada porque senão você esquece... E a mente esquecidiça
é outra arapuca que devemos evitar integralmente.
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