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terça-feira, 31 de julho de 2012

Diálogo


Pela manhã acordei com  uma  voz feminina dialogando com minha  vizinha. Não pude   ouvir  perfeitamente o teor da conversa. Mas, o que pude ouvir começava com um bom dia e  terminava  com um convite: A senhora será muito bem vinda. Bom, eu sabia perfeitamente do que se tratava, não era a primeira vez que neste horário ouvia as mesmas palavras naquele mesmo tom de voz cordial.. Fiquei imaginando o que fazia uma pessoa  levantar tão cedo e ir levar uma palavra de esperança a seu vizinho que certamente repudiava aquela atitude. (Não raro ouço pessoas falarem de sua aversão  pelas Testemunhas de Jeová por conta do horário que vão na casa dos moradores) Enquanto conversavam, ouvi a voz de uma criança,  eu sabia que se tratava do filho  de minha vizinha... E pensei:  quanto sacrifício estaria disposta aquela mãe fazer pelo seu filho? Nunca ouvi dizer que religião fosse ruim pra alguém, muito pelo contrário vendo o comportamento dos jovens de hoje não é difícil concluir que falta alguma coisa.   Conclui então que aquele convite deveria  ser bom pra ela.  Hoje os pais estão realmente preocupados em dar o melhor para seus filhos. Assim, dentro de suas possibilidades, procuram a melhor escola e se empenham em cursos extracurriculares, uma boa academia, tudo isso pra que o filho possa entrar no mundo cada vez mais competitivo,  preparado... A palavra, preparado cai muito bem nesta questão. Porque certamente preparamos nossos filhos pra tantas coisas e deixamos às vezes de dar o que é mais essencial:  amor, companheirismo, tempo de qualidade. Lógico  que tudo tem seu mérito. É inquestionável querer o melhor. Que pai não quer o melhor pro seu filho?  Mas do que adianta serem bons profissionais senão serão bons maridos ou boas esposas? Bem sucedidos, se não terão tempo pra viver suas vidas com seus cônjuges e  com seus filhos? Senão estarão abertos a ver seu próximo como seu semelhante e sim como seu adversário?  Escrevendo isto  agora, parece-me um pensamento bobo, até meio incoerente, mas penso que cabe aos pais sim, estabelecer um alicerce espiritual antes que o filho possa andar com suas próprias pernas.  Ouço tanto falar que as crianças são como um livro de páginas em branco, mas cabe aos pais dar-lhes os primeiros escritos, as primeiras cores neste livro da vida, sim, o alicerce -,assim como numa construção é a base para que sejam  além de ótimos profissionais,  bons filhos, maridos, esposas, pais, cidadãos.  Não sei por que a mente  leva-nos a pensar em cada coisa fora do contexto mesmo dentro de uma cena que parecia tão frívola. Mas, vendo o mundo como está hoje não acho que todos estes problemas atuais sejam porque alguém que poderia estar dormindo até mais tarde resolveu se preocupar com seu vizinho e fazer um convite para que ele fosse conhecer melhor a Deus. Este, que tanto falamos em nossos momentos de dor, mas que ignoramos quando tudo parece perfeito.

obs.. Esta semana escreverei sobre os filhos, desde sua tenra idade até a adolescência. Espero que seja útil..

 

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