someone lyke you

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Ciclo mico




Ao som do silencio tudo parece tão parvo
Quando a boca não fala  aí que dá  trabalho
No silencio um turbilhão de palavras e vozes
Falando, questionando, lembrando algozes

No silêncio a mente não se  cala
Com seus mil argumentos,  aí  que parece que fala
O corpo remexe sem nenhum exercício
A mente  se perde em pensamentos mortiços.

E neste desvelo  é tão extenuante
A mente falando é tão desgastante
Tantas e poucas questões inquiridas
Tantas falácias de verdades ambíguas:

Eu posso não posso eu devo não devo
Arrisco ou recuo são tantos enleios
São tantos protestos que não assimilo
Questões em abertos em  curto- circuitos

E vou matutando de noite e de dia
Causando enlevos ou provocando arritmias
E vou maturando até me estafar
Insone   andado pra lá e pra cá.

E chamo seu nome nos meus pensamentos
Descortino a fonte do meu sofrimento
Que bate sem trégua sem dó  ou piedade
Refugo os fantasmas ocultando a verdade.

E vou e venho  quando pareço estar indo
Os pensamentos  discordam quanto pareço estar vindo.
E neste enguiço  de tantos ditames
Quase abdico deste ciclo infame

E o coração que não desliga
Chama atenção sobre esta faxina
Interminável e sem causa valiosa
Sobre incertezas cruéis e dolosas

Um aperto que a razão não escrutina
Faz-se fiel parte de uma rotina
De pensar, repensar sem  conclusão
Que só encontra alívio nesta cosnpiração. 


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