Ao som do silencio tudo parece tão parvo
Quando a boca não fala aí que dá trabalho
No silencio um turbilhão de palavras e
vozes
Falando, questionando, lembrando algozes
No silêncio a mente não se cala
Com seus mil argumentos, aí que parece que
fala
O corpo remexe sem nenhum exercício
A mente se perde em pensamentos mortiços.
E neste desvelo é tão extenuante
A mente falando é tão desgastante
Tantas e poucas questões inquiridas
Tantas falácias de verdades ambíguas:
Eu posso não posso eu devo não devo
Arrisco ou recuo são tantos enleios
São tantos protestos que não assimilo
Questões em abertos em curto- circuitos
E vou matutando de noite e de dia
Causando enlevos ou provocando arritmias
E vou maturando até me estafar
Insone andado
pra lá e pra cá.
E chamo seu nome nos meus pensamentos
Descortino a fonte do meu sofrimento
Que bate sem trégua sem dó ou piedade
Refugo os
fantasmas ocultando a verdade.
E vou e venho quando pareço estar indo
Os pensamentos discordam quanto pareço estar vindo.
E neste enguiço de tantos ditames
Quase abdico deste ciclo infame
E o coração que não desliga
Chama atenção sobre esta faxina
Interminável e sem causa valiosa
Sobre incertezas cruéis e dolosas
Um aperto que a razão não escrutina
Faz-se fiel parte de uma rotina
De pensar, repensar sem conclusão
Que só encontra alívio nesta cosnpiração.
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