someone lyke you

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Quem, talvez , quem sabe.

E, se pudesse  reviver e consertar os momentos indesejados de nossa vida passada ?    Visando o bem estar de outros: não poderia mudar o que mexesse na vida alheia, não poderia mudar coisas que mudassem a ordem do mundo.  Apenas correções que pudessem mudar sua vida. Situações pessoais que poderiam ser alteradas para serem  mais satisfatória ou  menos trágicas. Utopia boba e infantil poderia dizer. Mas, também um exercício  interessante.  Quantas  coisas do passado  reavaliamos e gostaríamos de fazer diferente:  evitar alguma doença, fatalidade; uma decisão errada que parecia acertada ou,  uma negligencia que deveria ser tratada como prioridade.  Seria sim,  um grande consolo.  

Pense em doenças que apagam sonhos, objetivos, que mudam drasticamente uma história, acidentes trágicos que debilitam permanentemente alguma parte do  corpo. Motivos não faltariam para desejarmos um retrocesso no tempo para uma  providência. Seria como uma correção revisada do que no passado faltou conhecimento, sabedoria, discernimento, estrutura ou maturidade. Aquele minutinho  a mais ou a menos que faria toda diferença. Uma vez que afetados por algo que foge do nosso controle ficamos nos perguntando se algo  poderia sr feito.  Diante de nossas   vulnerabilidades,  fragilidades e inseguranças se tivéssemos um meio de saná-las, certamente agarraríamos com unhas e dentes. E diríamos com satisfação: hoje, não.  

Trinta  anos atrás você entrou naquele  riacho tão convidativo. Riu ao lembrar-se. Mergulhos, frenesis, os amigos complementando aquele clima de diversão e euforia. Um enlevo relembrado das peripécias infantis.   Só saiu no  finalzinho da tarde com a mãe ao berros: Sai, desta agua moleque. A gente se acerta quando chegar em casa.

  Agora na sala do seu médico ele te explica que aquela bactéria no seu corpo era coisa adquirida na infância. 

Ao ouvi-lo falando, desejou voltar no  tempo. e quando todos os meninos tirassem suas camisas e pulassem alegremente na agua  felizes e inconsequentes, você não o faria. Ficaria ali olhando, participe apenas nas lembranças recolhidas pelo futuro  promissor.  

Poemia

 

 

Intentos e intenções

Abrigo e aparições.

Sítio  e situações.

Palavras e contradições.


 Conselho e ironias.

Poemas  e poesias.

Revoltas e rebeldias

Atos e ironias.



Posto os meus sentimentos

Transformados em pensamentos

Trazem a tona como viajo

Meus dilemas e meus espaços.

 



Descritos como vejo

Não exatamente o que desejo

Mas que aliviam meu peito.

Da dor  dos ressentimentos.

 

Pois tenho mais a falar de dor

Do que de amor.

Porque tenho  mais a falar de ais

Do que  de paz.


 


Os meus medos escorrendo entre os dedos

Os meus anseios vincando minha feição.

Meus lamentos corroendo meu coração.

Inconsciente do quanto estou perdendo.


 Tantos pensamentos que me inundam

Fazem da mente minha inimiga.

E se nem tudo é intriga.

Todos os pensamentos bifurcam

 


Queria ver com os olhos da razão

E ter o poder de domar as reticências

Queria entender a abstinência.

E ver o que trás  conspiração


 


amargo





  Amargo é o fruto que destilo
Fruto da minha encenação
Das fronteiras que nunca represei
O gosto amargo é o  vão.
 
O fel que perambula minha boca
As palavras que projetam o amargor
Da vida que sofrida fez-se pouca
Ferida que  professa rancor
 
Amarga as palavras desferidas
ao vento ao relento pra quem ouvir
O amargo que reflete no meu jeito
Irrequieto  difícil de medir.

O gosto amargo no  paladar
Que deixa a papilas degustativas
Lembrar que o canto  amargo
É o fruto das coisas vividas. 
 
 

 Se
Você anda amargo
Amargo como jiló
Amargo ecoa amargo
  O amargo vive só.