A janela favorece meu legado.
Eu a observo sem ela ter me notado.
Ela é docente eu pareço indecente
Mal intencionado, diria esta gente
Poucos são os metros que nos distanciam.
Do lugar que me encontro só eu a via.
Embora não me veja fico com esta impressão.
Quando seus olhos veem em minha direção
Ainda que motivado sigo a minha rotina.
Quando fruto do acaso todo caso desatina
Que sem esperar ganha minha atenção.
No momento que voa em sua distração.
E a vejo atirar o paraquedas ao vento
Ele sobe mas não entendo direito
Determinada não desiste vai tentar um novo voo
E o ciclo recomeça outra vez como num sonho.
De tantas tentativas volto aos meus afazeres
Paraquedas não voa e logo perco o interesse
E quando a curiosidade vem ser renovar
Vejo a moça paciente outra vez o atirar.
Outro lançamento nova decepção?
Quando o momento da queda a reparação
Subiu como antes mas desta algo acontece.
Não cai direto ao chão plana leve
Não me via mas algo insinuava que sim
Pois a cada lançamento olhava pra mim.
Como um mistério que ultrapassam os olhos
Que a física não da vazão a certos imbróglios.
Que sem ver são sentidos
Que ao ver mudam os destinos
Daquilo que parece não transparecer
Que une num momento estranho dois ser
Quem sabe elementos estarão vivos
Que acima do nosso intelecto nos fazem cativos
Das nossas descrenças do não explicado
Que fazem do desconhecido algo desconsiderado
Como se um elemento vivo desse vida ao outro
Criando no destino diferentes encontros
Modificado pelo acaso o momento futuro
Ratificando um movimento obscuro
Se renovando e modificando o momento seguinte
Se reinventando no acaso com um novo requinte.
Como um velho quadro novamente pintado.
A cada experiência vivida pelo que foi observado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário