Foi-se como deveria
Sem um a, a se dizer.
Foi-se como prescindia
Até logo muito prazer.
Não havia nada a ser dito
Nada que pudesse mudar
Este tipo de amor ridículo
Que vem e vai sem explicar
Meia entrega, meio envolvimento
Meio bordel, meio hospício
Meio madrugada, meio bolorento
Meio as claras meio vício.
Não era real embora pudesse
Era virtual embora não fosse.
Quem pelo céu padece
Não tem o amor que merece
Até hoje não sei talvez
O que a ti me ligava
A liga da minha estupidez
Que acendia a luz que apagava.
A espera incontida.
O coração a destroçar
O compasso da vida.
O momento do despertar.
Nas noites em que esperava
Sua voz, sua presença.
Em outros braços esquentava
As trovas de quem não pensa.
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