someone lyke you

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

E foi-se





Foi-se como deveria
Sem um a, a se dizer.
Foi-se como prescindia
Até logo muito prazer.

Não havia  nada a ser dito
Nada que pudesse mudar
Este tipo de amor ridículo
Que vem e vai sem explicar

Meia entrega, meio envolvimento
Meio bordel,  meio hospício
Meio madrugada, meio bolorento
Meio as claras meio vício.

Não era real embora pudesse
Era virtual embora não fosse.
Quem pelo céu padece
Não tem o amor que merece


Até hoje não sei talvez
O que a ti me ligava
A liga da minha estupidez
Que acendia a luz que apagava.

A espera incontida.
O coração a destroçar
O compasso da vida.
O momento do despertar.

Nas noites em que esperava
Sua voz, sua presença.
Em outros braços   esquentava
As trovas de quem não pensa.





Nenhum comentário:

Postar um comentário