someone lyke you

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O causo do ator que malogrou.





Ela era quente... O sonho de todo homem. Inteligente, humorada, e,  tinindo quando o assunto era sexo.  Quente do tipo chuveiro no inverno, e não  calor do Rio de Janeiro no verão. Solteira aos 38 anos que se podia pensar que sabia o que queria, embora talvez pensasse que muito rodada.

 Ele pensou, bom, nada é perfeito, algum defeito tinha que ter... Mas, fazer o que, o mundo anda tumultuado, os valores mudaram, uma mulher não quer mais casa,  comida e segurança, uma mulher hoje quer ser independente , ah, isto ela também era. Então o que se podia esperar mais?  Sim, era demais, e a cada pensamento sobre suas qualidades parecia que escapara-lhe alguma tornando injusta a sua totalidade de adjetivos.  Boa demais para ser verdade. Ou talvez algum problema omitido? Sei lá, o muito  rodada voltou-lhe a mente, é , talvez isso. Talvez a quilometragem conte.. 

 Não, desde que  isto não continuasse após pit stop pensou, achando graça.. Não sabia se o pensamento fazia sentido, mas ficou imaginando um carro desgastado que  se torna pronto para mais uns bons quilômetros, após reajustes e abastecimento. Riu de si mesmo. Sua mente era tão inoportuna . Vira e mexe enfiava-lhe pensamentos profanos misturados com sei lá, tudo que parecesse se encaixar ... agora os pensamentos estavam naquela mulher ... que desnudou todos seus medos em tão pouco tempo, parecia uma coisa boa demais para seus tantos tombos ... Foi-se compenetrando  entre o que poderia acontecer e o que já havia acontecido. 

Lembrou da sua primeira conversa,  quase nada, lembrou-se da primeira vez que conversaram, falaram sobre o que mesmo? Repuxou pela memória  nada parecia consistente... Daí lembrou do sexo  e, neste campo os detalhes pareciam dar um livro, sim, seria um livro erótico dado a riqueza dos requintes... Mas, um relacionamento precisa de um conjunto de afinidades além destas para contrariar os números desastrosos das estatísticas sobre relacionamentos. 

 Porque pensava nisso? Ela  não ligara aquele dia. Pensou se tinha feito alguma presepada que culminasse em ela não querer falar... Repassou a conversa do dia anterior.. procurando o que poderia ser   motivo. Se mal interpretado... foi filtrando, filtrando, e ? Humm, lembrou de um Aff, após um boa noite meio abrupto resultado da queda  do sinal que ele interpretara como um silêncio proposital.  

 Pareceu ter encontrado a lacuna , do tempo, que agora vilanizava seus intentos...  Sempre criamos nossos inimigos ou eles aparecem  inicialmente introduzidos pela nossa intuição nos alertando... Ficamos meio com o pé atrás baseado numa frase que aparentemente foi dita sem maiores pretensões, mas que nos abrem um precedente que se realocá-lo na lógica do assunto faz sentido, mas que deixamos correr solto e nos cria um ponto de reticência.. Achamos estranho e ele abre nossa sempre presente mania de desconfiar...

 Somos assim não somos? Devemos dar ouvidos aos nossos atos suspeitos que despontam do nada, afinal porque despontaram se nem pensávamos neles.  Assim, começamos a fase do detetive sem causa por uma causa que poderá ser, mas apenas se constatarmos que estamos seguros e assegurados que não estamos lidando com nenhum psicótico.-socio-cultural-emocional problemático

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