someone lyke you

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Um sorriso compra simpatia







Aquele dia não era dos melhores... Seus pensamentos tumultuados  o levavam a pensar em tantas coisas que refletiam na   sua  fisionomia.   Assim quando cruzou com aquela mulher que casualmente passava naquele momento  em que sua  expressão demonstrava tanto pesar, naquela pequena fração de segundo  de um encontro casual duas pessoas que nunca se viram, ambas afetadas por seus dilemas pessoais criam  uma aversão sem  que nenhum dos dois  reconheça sua contribuição para tal desacerto. 

  Nossos  problemas  refletem e muito na nossa  postura  e nunca deveriam  influenciar nossa compostura, mas é difícil manter um rosto sóbrio quando estamos tão afetados internamente. 

Desta forma esquecemos de uma outra fórmula eficaz mas pouco confiável por quem  nunca viu  seus resultados: sorrir.  Um sorriso pode mudar toda uma situação indigesta. E seu efeito é ainda mais positivo se alguém mau humorado for afetado por ele. O sorriso tem o poder de desarmar desafetos, mau olhados e antipatia. 

  Censuramos aquele sorriso para uma selfie? Não. Sabemos que ele é fruto de uma encenação. Sabemos que um sorriso forjado pode até parecer superficial  mas ele  ainda é melhor que uma carranca.  Um encontro de duas faces mau humoradas é como  uma colisão de dois carros. |Já quando um dos dois abre um sorriso, a colisão é evitada.  Sim, um pequeno exagero, mas que se você já foi vítima de um rosto carrancudo sabe o quão desagradável   é. 

  Por isso digo que o sorriso pode comprar a simpatia... O sorriso pode mudar sua visão de como ver uma pessoa... Se está num dia difícil e a carranca parece incorporada em você te aconselharia não sair de casa ou então usar uma máscara... Melhor do que causar uma colisão.

beleza que faz bem





O céu estrelado chama atenção...  No firmamento aquele sem número  de pontinhos que mal  conseguimos distinguir ou  contar são como luz para os insetos;

 Depois,  de seu lugar longínquo despertam-nos a curiosidade.  Durante o dia o que nos causa admiração ao olharmos para cima são as nuvens... que entre o céu azul  com suas formas  solúveis causa-nos certa perplexidade.  Assim também as copas das árvores de uma floresta densa,  se olharmos de longe  aquela orquestra de arvores aglomeradas.

 Há beleza em tudo que  vemos na natureza e ela nos fascina.  Fauna e flora,  céu e mar, montanhas, cavernas e seres viventes... Seres humanos.  Nos enlaçamos praticamente nos  admirando em alguma instância.   Quando vamos a um encontro gostamos de saber que aquela pessoa se arrumou para nós.  Que escolheu uma roupa legal.. que se perfumou... Poderia ser pra outra pessoa, sim poderia, mas não,  foi pra você...

 Mexe com a gente notar que a pessoa fez um esforço em se mostrar bonita e  arrumada...  Da mesma forma que nos sentimos preteridos quando notamos que não há este cuidado. O desmazelo não é uma coisa que temos apreço. Que gostamos.  Talvez até cometemos uma injustiça quando associamos o gostar com querer agradar.. Mas não,  quando queremos que a pessoa nos ache bonita é porque queremos deixar uma boa impressão.  Demonstrar  que damos valor por  estarmos ao  lado dela.

 O seu oposto indica que não temos este cuidado, ainda que não seja o caso, deixa a impressão que não temos interesse, que não nos preocupamos e  indiretamente insinuamos que não valorizamos aquela pessoa. 

 Somos seres simbólicos com rituais de acasalamento, comportamento e cerimoniais... Isso quer dizer que cultivamos ritos... meios de nos fazer valorizados e presentes.  Num relacionamento portamo-nos de forma  a agradar a quem nos interessa.. Embora socialmente nos portamos da mesma forma ao fecharmos o foco numa relação a dois é desta forma que traduzimos nossa maneira de nos  vestir e se arrumar. 

 A beleza é circundante em quase tudo... Ainda que achemos injusto a quem não a possui.  Pois há beleza  não só naquilo que nos foge o direito de escolha e este devemos usar ... aquilo que podemos moldar para agradar a pessoa que nos afeiçoamos. Não se trata apenas duma indumentária, mas é todo o sentido que ela oculta conforme descrito. 

 O aspecto que presenteamos o outro mostra também nossa atitude diante da relação... É comum após uma vida em comum deixarmos de cultuarmos a prontidão de nos fazermos apresentáveis.  Isto denota a frigidez cultivada pela pouca importância que damos ao que os olhos do outro pode ser de pouca apreciação... E isto diminui a luminosidade que os olhos costumavam dar...  Um grave risco de apagar as chamas da admiração que julgamos tão banal mas que causa o alinhamento para as demais e mais importantes questões do relacionamento diário.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Não ao melindre.





O cara passou de carro diante do amigo que andava a pé... O que andava  notou que o outro o vira mas não fez nenhuma menção de cumprimentá-lo como sinal de boa  amizade como ele esperava.  Logo desatinou achando que a atitude do outro fora indevida.   Talvez fosse, mas e daí?  As pessoas tem problemas. Dos mais variados. Não dá pra todo este melindre. 

Acabamos muito mexidos por atitudes ou a falta dela. E  são coisas assim, pequenas, banais que revelam  o apreço que elas tem por  você?  Ou talvez sua cabeça esteja criando enigmas para o comportamento alheio. E se for assim? E se houve pouco caso e se houve desmerecimento?

  O que você enfim espera que o comportamento das pessoas seja sempre de grandeza  perante você?  O cara não te cumprimentou quando você esperava que fizesse, alguém  falou mal de você nas suas costas, não te esperou para almoçar.  E daí? 

A grandeza do homem está em não se abalar com pequenas coisas  e quanto maior for sua capacidade de reconsiderar menor serão as coisas.  Costumamos atribuir erro ao  comportamento dos outros,  e esquecemos que o erro pode ser nosso.  Ou  de ninguém.

 Se uma ação é interpretada como descaso, como parcialidade, ela pode ser e pode não ser. Nunca saberemos. Só  não vamos ficar amuados por conta do que não sabemos com clareza. Se há duvida não há certeza, então pronto, agiremos  como tal sem puxar a sardinha para o lado do: coitado, ninguém gosta de mim.  
 As pessoas tem problemas e nem sempre é em torno do seu umbigo os acontecimentos.  O cara talvez não te cumprimentou porque estava pensando em outras coisas e apesar dos olhos parecerem estar para ti estavam no mundo da lua. Você nunca fez isso não?  Não te convidaram para aquele almoço porque você nunca vai em festa alguma ou  por outro motivo que não era abalar você.

 A pior coisa que um ser humano pode fazer é se demonstrar ofendido por uma ação do outro, isto mostra baixa autoestima e isto afugenta as pessoas, ninguém gosta de pessoas que não gostam de si mesmas.

 Se soubéssemos que uma  ação não feita fosse culminar numa tragédia certamente que faríamos.  Principalmente ao saber que uma ação sua poderia ter feito toda diferença.  Jamais deixaríamos de ser solidários se soubéssemos que a falta dela poderia resultar em algo desastroso.

 Afinal são poucas as pessoas  cujo valor da amizade é avaliado pelo que a pessoa pode lhe proporcionar.  E se, dentre aqueles que você convive há pessoas que não demonstram consideração, acredite o problema não está em você...( Se pudesse ler as tantas questões  naquele celebro pensante, não o culparia por tão pequeno deslize)  e passará a ser seu se permitir que uma falta de atitude esperada lhe afete ao ponto de mudar seu comportamento por conta da atitude de alguém pouco amistoso ou distraído com suas próprias ansiedades.

 A gentileza é uma qualidade apreciada e   você precisa conquistá-la. Boas qualidades não raro são assim,  elas são incutidas pelo uso, pela percepção ao outro, pela reflexão de suas atitudes sobre qual sua posição no mundo e conscientização de como suas ações afetam os outros. Isso certamente não é fruto do descaso, da indiferença. Isso é fruto de  reflexão, do  aprendizado e do interesse pelo próximo. 

Mas, se sentiu negligenciado, manda um sorriso e bola pra frente. Que a vida é assim. Cara feia e ressentimento não somam ponto não.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O causo do ator que malogrou.





Ela era quente... O sonho de todo homem. Inteligente, humorada, e,  tinindo quando o assunto era sexo.  Quente do tipo chuveiro no inverno, e não  calor do Rio de Janeiro no verão. Solteira aos 38 anos que se podia pensar que sabia o que queria, embora talvez pensasse que muito rodada.

 Ele pensou, bom, nada é perfeito, algum defeito tinha que ter... Mas, fazer o que, o mundo anda tumultuado, os valores mudaram, uma mulher não quer mais casa,  comida e segurança, uma mulher hoje quer ser independente , ah, isto ela também era. Então o que se podia esperar mais?  Sim, era demais, e a cada pensamento sobre suas qualidades parecia que escapara-lhe alguma tornando injusta a sua totalidade de adjetivos.  Boa demais para ser verdade. Ou talvez algum problema omitido? Sei lá, o muito  rodada voltou-lhe a mente, é , talvez isso. Talvez a quilometragem conte.. 

 Não, desde que  isto não continuasse após pit stop pensou, achando graça.. Não sabia se o pensamento fazia sentido, mas ficou imaginando um carro desgastado que  se torna pronto para mais uns bons quilômetros, após reajustes e abastecimento. Riu de si mesmo. Sua mente era tão inoportuna . Vira e mexe enfiava-lhe pensamentos profanos misturados com sei lá, tudo que parecesse se encaixar ... agora os pensamentos estavam naquela mulher ... que desnudou todos seus medos em tão pouco tempo, parecia uma coisa boa demais para seus tantos tombos ... Foi-se compenetrando  entre o que poderia acontecer e o que já havia acontecido. 

Lembrou da sua primeira conversa,  quase nada, lembrou-se da primeira vez que conversaram, falaram sobre o que mesmo? Repuxou pela memória  nada parecia consistente... Daí lembrou do sexo  e, neste campo os detalhes pareciam dar um livro, sim, seria um livro erótico dado a riqueza dos requintes... Mas, um relacionamento precisa de um conjunto de afinidades além destas para contrariar os números desastrosos das estatísticas sobre relacionamentos. 

 Porque pensava nisso? Ela  não ligara aquele dia. Pensou se tinha feito alguma presepada que culminasse em ela não querer falar... Repassou a conversa do dia anterior.. procurando o que poderia ser   motivo. Se mal interpretado... foi filtrando, filtrando, e ? Humm, lembrou de um Aff, após um boa noite meio abrupto resultado da queda  do sinal que ele interpretara como um silêncio proposital.  

 Pareceu ter encontrado a lacuna , do tempo, que agora vilanizava seus intentos...  Sempre criamos nossos inimigos ou eles aparecem  inicialmente introduzidos pela nossa intuição nos alertando... Ficamos meio com o pé atrás baseado numa frase que aparentemente foi dita sem maiores pretensões, mas que nos abrem um precedente que se realocá-lo na lógica do assunto faz sentido, mas que deixamos correr solto e nos cria um ponto de reticência.. Achamos estranho e ele abre nossa sempre presente mania de desconfiar...

 Somos assim não somos? Devemos dar ouvidos aos nossos atos suspeitos que despontam do nada, afinal porque despontaram se nem pensávamos neles.  Assim, começamos a fase do detetive sem causa por uma causa que poderá ser, mas apenas se constatarmos que estamos seguros e assegurados que não estamos lidando com nenhum psicótico.-socio-cultural-emocional problemático