someone lyke you

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Quisera eu pudesse






Quisera eu pudesse ir..
Deixar solta as rédeas daquilo que anseio
Recolher meus medos.
 Deixar-me frouxo e  prosseguir

Não dever nada pro incontido
Dizer vem ao impossível.
E rotular  as etiquetas dos pensamentos
E seus adventos.

Proclamar que sou o cara porque não
Fechar aos olhos e achar a imaginação
Ali vestida como criança.
Prontinha pra investir nas suas lambanças.

Escorregar  liberto em dia de chuva
Não ter receio de não ser aceito pela turma.
De ter controle daquilo que não tenho
De reconhecer que tenho medo.

De ser eu não almejar ser outro
De saber que faço parte de um todo
De retroceder quando erro.
De provocar meu ego. 

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De mergulhar em mares revoltos
De arrancar o mal que pressuponho
Que faz tão mal com o mal que sobrevém
De sorrir quando imagino ser  ninguém.

Quero ir em frente não criar escudo
Quero falar não fazer-me mudo.
Porque o outro o silencio ofertou.
De saber que não sou robô. 

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Quisera eu pudesse ir.
Ir por ir voltar se decidir
Mas avançar em  qualquer  direção
Trazer o mundo aqui na minha mão. 


Quisera ser um deus nada temer
As rédeas do tempo transcender
Conhecer todos os mistérios.
Daqui, dali de qualquer canto do hemisfério.

Navegar nas estrelas 
Nadar nas cordilheiras.
Vasculhar o submundo
Fazer conta do absurdo. 

 
 



sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O Beleza que belas é.





O que nos diz a verdade
Que a beleza tem a ver com a idade.
Quando na juventude soberana
Parece que tudo é bacana.

Mas, os anos vem e nem vimos
Todo o vigor destituído.
A idade nos faz soberanos.
Do saber que nada somos.

A força já combalida
A pele enrugada e envelhecida
O corpo  de tantas mazelas
Vislumbre que a gente não espera.

E toda lógica e filosofia
Fala que a beleza é mentira.
Que beleza é a  que por dentro temos
Mas, que de lógica nada entendemos.

Se nosso instinto é que fala.
E nela, beleza, que tudo embala
Por mais que finjamos intentos.
Por ela tudo é menos.

A velhice tudo é perder.
É perder até o que ganhamos
Os kg que ao corpo adicionamos. 
E tantos outros aborrecer. 

A beleza atrai a safadeza
A idade atrai a  lerdeza.
E viva os anos de glória.
Que guardaremos sob  a memória.

E foi-se





Foi-se como deveria
Sem um a, a se dizer.
Foi-se como prescindia
Até logo muito prazer.

Não havia  nada a ser dito
Nada que pudesse mudar
Este tipo de amor ridículo
Que vem e vai sem explicar

Meia entrega, meio envolvimento
Meio bordel,  meio hospício
Meio madrugada, meio bolorento
Meio as claras meio vício.

Não era real embora pudesse
Era virtual embora não fosse.
Quem pelo céu padece
Não tem o amor que merece


Até hoje não sei talvez
O que a ti me ligava
A liga da minha estupidez
Que acendia a luz que apagava.

A espera incontida.
O coração a destroçar
O compasso da vida.
O momento do despertar.

Nas noites em que esperava
Sua voz, sua presença.
Em outros braços   esquentava
As trovas de quem não pensa.