E lá vem ela, bela.
Se autodefinindo
indefinida
Por ela olharia na janela
E arriscaria uma investida
Pra ela comporia uma canção
Que fala de amor em lua cheia
E sôfrego comeria em suas mãos
E amansaria a fera que esperneia
Aquiesceria quando
ela diz não
Calaria sua boca com mil beijos
E cantaria a nossa canção
Pra afugentar todos seus medos.
Ela bela mas não é pra um qualquer
Pra domá-la tem que ter muito feitiço
Entender como ela pensa e o que quer
Dar de Migué se isto for preciso.
Uma fera não se doma com devaneios
Nem se porta como um homem indefinido
O tiro precisa ser certeiro.
Acertar bem no alvo sem enguiço.
Tem que saber a hora certa
Titubeio pode ser fim da ação
Aguardar quando estiver com a guarda aberta
E atacar como ataca um leão.
Quem fere um dia foi ferido
E aprendeu como afastar o predador
Que guia sua vítima pro abismo.
Que fere por prazer sendo indolor
Pois a bela não cede ao enfeitiçado
Que dobrado rende-lhe pura devoção.
Este, mesmo sendo endinheirado.
Vira coitado mediante situação.
Sagaz como ela ninguém é.
E quem pensa que já a conquistou
Confiante dará tiro no pé.
E como tantos será mais um que se danou.
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