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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Desbaste do Tempo





O tempo destrói castelos
Que não são feitos de areia
Castelos feitos de sonhos
De forma que viram poeira

Nas ruínas de nossos castelos
Vão-se nossas vaidades
Nos sonhos que  depositamos
A nossa mediocridade

Ingênua constatação
Seduzidos pelo poder
Refletida em nossa conduta
De a qualquer preço tudo ter

Semelhante a  rosa com  tanta beleza
Murchamos com similar desprendimento
E os castelos que dantes valorosos
Vão-se como pé de vento.

E o  tempo  a vilipendiar
Tripudia de nossas aspirações
Faz troça de nossas  vaidades
Mofina de  nossas pretensões 

A  ampulheta do tempo é cruel
O que hoje enche os olhos com encantos
Amanha como nuvens no céu
Que disformes  vão se desgrenhando

E quem em varonil arquétipo
Pode se orgulhar do que o aguarda
Se o passado insiste em reviver
O frescor da idade roubada.

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