Já aconteceu de mal conhecer alguém e de cara não gostar dela? Seu santo não bateu com dela. Por algum motivo esta pessoa lhe gera um mal estar
inexplicável e alguma coisa faz que acenda seu sinal de alerta. Ás vezes é só uma cisma que
com o tempo se dissipa. Em outras circunstâncias você evita tal pessoa a todo
custo. E isto impede que realmente a conheça. Atribuímos esta reação a nossa intuição. Às vezes você acerta e quando acontece, se acha o sensitivo. Me livrei de uma, talvez diga. Então nas próximas vezes você confiará na tua intuição, que supostamente te livrou de uma furada. Não duvido que aja pessoas com tal dom. Mas, exceto
você que tem na premonição uma percentagem considerável de acerto, um
desconhecido deveria ser visto como apenas isso. Alguém que não se teve a
oportunidade de conhecer. Claro que não vamos ficar de sorriso largo para
qualquer pessoa que passa a nossa frente. E nem vamos transgredir as advertências ensinadas por nossos pais sobre o cuidado que
precisamos ter. Todavia, um desconhecido
não é um inimigo, é um estranho, o que é
bem diferente. Dois rivais de torcidas
opostas são inimigos mortais quando se encontram num estádio. Mas, poderia ser muito diferente se por acaso fossem
vizinhos ou se conhecessem no local
de trabalho antes de um encontro acalorado de torcidas rivais. O desfecho seria outro não este que costumamos ver nos noticiários. Nossas reações são
motivadas pela forma que as outras nos tratam, Assim, simpatia atrai simpatia,
antipatia atrai antipatia. A fórmula é simples. O comportamento alheio está
intrinsecamente ligado ao nosso, assim como seu revés. Se você olha feio para uma pessoa causa-lhe
uma rejeição inconsciente e desafiadora.
Deveríamos ser mais sábios no trato com os outros. Uma pessoa nervosa se
provocada reagirá conforme seu estado de espírito, altercação atrai
altercação. Não se grita com alguém esperando que ela seja um poço de
compreensão. Nossa comodidade muitas vezes é impedimento para nossas conquistas. O não
gostar de alguém gratuitamente é um
desafio incomodo que atua sob nosso inconsciente. Não sabemos do que se
origina. Mas quando o identificamos e perdemos tempo com alguma reflexão,
estamos lapidando nossas limitações, estamos emergindo diante das barreiras que
nos inquietam. É inexpressível quando você diz:
eu não gosto de fulano. Sem identificar motivos claros para isso. Logicamente
que temos um arsenal de comportamentos que espelhamos para fazer um julgamento
do comportamento alheio. Mas, para isso precisamos conhecê-la antes. Antes de
cairmos na precipitação do julgamento de discórdia. Condenando antes do
veredicto.
someone lyke you
segunda-feira, 13 de julho de 2015
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Janela do tempo
Das janelas os que veem meus passos
Vislumbram presente e passado
Naquele ínfimo
pequeno espaço
Que sob seus olhos passo.
E como estes, estive
a olhar
Outros que como eu vieram passar
Sob olhares a escrutinar
Em diferentes óticas o caminhar
Não que tivesse a pretensão
De sobre olhos chamar atenção
Pois no tempo que estive acolá
Só pensava em velejar
E o tempo se faz presente
Quando a rotina demarca meus passos
E nos dias que vão em frente
O presente se fez passado.
Outrora um jovem
mancebo
Arrogante em pé
abrumado
Sob a janela do tempo
Vai ficando curvado.
E os olhos que o seguem
Distraídos não percebem
Que aquele momento no
espaço
Perde-se quando dou mais um passo.
Pois cada passo no tempo
É um segundo a menos
No tempo apressado
Que impõe seu legado.
Esta é a magia do tempo
Que sem ter menor pretensão
Vai desdobrando o momento
Unindo olhos atentos a desatenta visão.
Assinar:
Postagens (Atom)