someone lyke you

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Golpe de predador



Bela, independente, atraente  e,  sozinha. No mínimo antagônico!   Pudera, sempre encontrava defeito nos seus pretendentes. Um porque era pobre,  gordo,  outro porque não tinha cultura,  o cheiro era desagradável, feio... Dentadura, beberrão...  e assim todos que apareciam não tinham qualidades suficientes para  aceitá-los.  Foi então que ela conheceu um  empresário inglês  na internet...Este sim, dizia,  se enquadra naquilo que  procuro. Era gentil, educado. Não era um brasileiro, logo,  não era um  qualquer. Era bem sucedido e ainda por cima:  viúvo.  Logo engataram um namoro a distância que era regado de boas conversas e promessas de um encontro vindouro  que ainda não acontecera  porque tendo o  filho adoentado não era possível se dedicar naquele momento ao projeto de conhecer sua  futura esposa.   Passaram-se alguns meses ate que ela percebera que ele estava diferente: mais quieto, quase que não ficava com ela como tornara-se habitual.  E por insistência dela ele acabou contando sua atual situação: Nada boa  no momento.  Sua empresa não andava bem das pernas.  Depois que o filho adoecera e  do tratamento não conseguia equilibrar o faturamento... concomitante com a  idas e vindas a hospitais  sua vida estava demasiadamente tumultuada.  Por isto estava mais recluso e por isto  não vinha ao Brasil conhecê-la.  Depois de ouvir a história,  comovida,  ela resolveu ajudá-lo... Ficou sabendo que as despesas do hospital onde o filho do amado estava internado era de 50 milhas. Que ela não se preocupasse, ele dizia, tudo seria resolvido. Porém,  ela já estava resolvida a ajudá-lo.  Depois de muita relutância( tadinho) ele concordou em passar o número  da conta onde ela depositaria 25 mil. No dia seguinte cedo,  ela foi e depositou conforme o combinado.  Ele ficou imensamente grato e as juras de amor retornaram ainda  mais abundantes e generosas. afinal ela tinha salvo a vida do filho. Os 25 mil restantes ele ia dar um jeito...   Mas, os dias foram passando e depois do avalanche de declarações de agradecimento e amorosas a coisa foi se arrefecendo novamente... Ela novamente  quis saber o que o incomodava. Se a distância e indiferença tinham novo motivo. Ele se negava a dizer: ela já ajudara bastante... Mas no final acabou aceitando o segundo empréstimo. 
Ela esperava que tudo voltaria ao normal. Tudo voltaria a ser como antes... Mas, ele não ligou, nem mesmo para agradecer o segundo deposito.  Três meses depois e nada. Foi quando ela começou pensar na possibilidade de que tinha sido enganada..,Não acreditava que podia ser possível, mas sabe como é. Quem sabe se quando foi pagar o hospital não foi roubado? Quem sabe o dinheiro nem chegou a cair na sua conta? 
Afinal, ele era um cara honesto...falara tudo sobre sua vida. Tinha certeza que ele aparecia com uma boa explicação para o sumiço. Ele tinha sido bom para ela como nenhum outro homem jamais tinha sido.  Lembrou das conversas, risos, conversas, confidências... Noites e horas agradáveis.  No quarto  mês do sumiço ela começou reavaliar as possibilidades.   Quando resolveu contar o caso paras amigas se deu conta que tinha sido enganada. Mais tarde descobriria   que ela não era a primeira.  Várias outras senhoras solitárias e suas contas bancárias abastadas.  E claro, seus corações. 

O lobo abre os dentes quando tem motivação. A ovelha chora com a motivação do lobo. 



domingo, 20 de agosto de 2017

Degradação



Degradação abundante do que foi bom
Do bom solo que alimentava  o fruto doce
Da doce luz que dignificava  o solo então
E satisfazia  a mísera fome.

Degradação dos sonhos que se vão
De premissas pressupostas na imaginação
Que alimenta a  semente do pecado
Do fruto amargo agora conjugado.

Veredas que se perdem entre caminhos
Pois a flor é sufocada  entre espinhos
Que sufocam a pressuposta pretensão
De voar sem pensar em colisão. 

Sonho... Aí, acordei.



Dez anos se passaram desde sua estadia naquela cidade. Talvez por isto quando planejou seu retorno àquela pequena cidadezinha o coração bateu mais forte. Nunca esquecera o  baile de carnaval a fantasias que era tradição ali. O sorriso emanou seu rosto quando lembrou da bebedeira... Humm, aquela moça.. -  fugidio em seus pensamentos...  Aquilo tinha sido loucura. Depois da sua separação vinha pensando muito no passado, nos momentos bons que vivera. A vida dá uns saltos tão suicidas de vez enquanto, umas guinadas tão radicais que em pensamentos ficamos a nos perguntar como paramos ali, daquele jeito. Aquela noite fora uma destas... Não conseguia lembrar de nada do ocorrido. Apenas de saltar da cama desesperadamente com aquela bela jovem do lado, mal tendo tempo para se despedir. Seu ônibus sairia em meia hora. Ele não estava atrasado, estava muito atrasado.

 Seus pensamentos foram cortados por uma voz que gritava seu nome... Armando, Armando, acorda! Já chegamos vai ficar aí morgando ou vamos curtir a vida? Tirado de suas memórias abruptamente pelo amigo.  – Você só pensa nisso, Alfredo? Disse ele, ao se dar conta que estivera perdido em pensamentos por mais tempo que gostaria.

 Ele e seu amigo tinham alugado a mesma casa, de tempos idos. Queriam relembrar em pormenores o passado. O café da manha fora divino, lembrara Alfredo ao comentar o passado.  – Por isto, devemos ficar na mesma casa. Assegurou.  O que foi consentido por Armando.
Depois de se ajeitarem e do apreço pelo local. Armando resolveu fazer uma vistoria do que ainda era vívido em sua mente. A mobília, a paisagem, o quadro da recepção que mostrava duas crianças de mão dadas correndo para saída da casa  e;  quando atravessam a porta apareciam  do outro lado  já adultos. Nunca esquecera o quadro por isto. E lá estava ele. Um pouco mais gasto pelo tempo, mas ainda em ótimo estado de preservação.  Descrevia sua vida. Descrevia sua ideia de tempo.  Pegou seu celular... clicou por vários ângulos. Pensou: imortalizada! E deu um pequeno sorriso antes de prosseguir na sua lista de coisas a serem vistas. 

Enfim a noite chegou... Alfredo saíra para alugar as fantasias. Queriam as mesmas. Como dissera  Alfredo: vamos fundo já que é para relembrar.   A dele de mágico: Mandrake. Um mágico dos quadrinhos que ele admirava. E a de Armando a do homem aranha. Não que ele se identificasse, mas ficara tão ridículo e na época tão descontraído, que não era seu feitio, que Alfredo queria isto para dar boas risadas.    Ambos estavam decididos fazer da história de 10 anos atrás a mais parecida possível, embora soubessem impossível. A lembrança daquela moça despontou em seus pensamentos novamente...
Armando já não bebia tanto assim, estivera internado durante meses para por tudo a perder por uma recordação. Alfredo por sua vez estava por conta do tempo... Ia entornar todas, como não houvesse amanhã. Dizia.
Vestidos a caráter agora só esperavam  dar meia noite. A tradição era que o baile só começasse exatamente as zero horas. E só  depois de todos assinarem o livro, que já continha mais de 10 mil assinaturas desde que fora inaugurado, se podia entrar no salão. Uma coisa chamou atenção de Armando quando fora assinar.. Reparou que seu nome aparecia no cabeçalho da página. Assinou: Armando de Paula  Silva.  Omitiu o e quando viu acima no cabeçalho: Armando de Paula e Silva. Bom, deixa pra lá, pensou. Apenas uma casualidade.
 As fantasias eram das mais variadas e o baile como da outra vez, lotado. O fetiche de não saber quem ali estava e que rumo as coisas tomariam quando  ocultados por uma máscara era deslumbrante. Quinze  minutos foram precisos para Alfredo aparecer enroscado com uma coelha muito bem feita de corpo. Pela voz era jovem, humm, tá, e pelo belo corpo também, assentiu Armando.
 Armando era mais lento e só tagarelava mandando cantadas para todas que achava interessante... Oi, como vai! Nossa que cauda linda! Disse para uma vestida de dinossauro... Uau, cospe em mim que pego fogo. Quem sabe assim meu coração não descongela?  Disse para uma dragona. Ouviu sorrisinhos, mas nada de parar para ficar ali com ele. Reparou um grupo com duas belas jovens vestidas com roupas de época e uma mulher mais velha, talvez da sua idade, acompanhada por um homem com roupa de lorde usando uma máscara do zorro. Os olhares não eram casuais. Lembravam o olhar de sua mãe quando fazia algo  errado. Bateu-lhe uma sensação estranha... Um medo repentino. Como seu estado de prontidão ficasse alerta.  Reparou que a dama mais velha saiu apressadamente depois que seus olhos se cruzaram e logo atrás dela, após um olhar recriminador o homem com máscara do zorro. Um espaço, por algum tempo,    se abriu em sua cabeça. Que era aquilo que tinha acontecido?  Ele costumava ter aquela sensação quando algo estava errado. E esta lacuna de tempo sempre vinha quando precisava tomar decisões fortes. Era seu recurso de ouro, costuma dizer. Desta vez, portanto iria ignorá-lo. Pelo amor de Deus, hoje não! Preciso de sossego.   Ah, que se dane, pensou. Estou sempre preocupado com o que não deveria estar.  Vamos a noite! E que venham as gurias e que sejam muitas! Gritou, como para espantar os fantasmas que estavam por vir.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O que você anda atraindo para sua vida?



Bom astral atrai o que? Pessoas. Com raras exceções bom astral é contagiante e,  contagia. Bem estar atrai o que? Pessoas. Não é redundância. O que quero dizer que aquilo que é bom e agradável atrai pessoas. Pessoas normais sabem o que é bom. Estar ao lado de alguém de bom astral proporciona bem estar. Associamos o bom astral a diversão, alegria, sorrisos. Não raro estas pessoas tem algo que ambicionamos e por conta desta positividade que transmitem, estes, sempre tem  algo a mais. Não sei em qual contexto mais parece que aquele que tem sempre tem mais. E, infelizmente aquele que não tem... É como um rico que está sempre ganhando mais dinheiro em oposição a um pobre que no afã de ter mais tem sempre menos.  Como aplicar isto na vida?  Ora, se quem tem, tem mais e quem não tem perde até  o que tem temos que afastar o mal agouro.

Viver  reclamando. Isto atrai? Não. Ser pessimista.Atrai? Não. É conhecido que um jogador quando ganha um jogo seus hormônios do bem se elevam já para o perdedor estes hormônios declinam.  Que mensagem vemos aqui? Que um espírito abatido sempre nos derruba ainda mais. Já um espírito alegre infla ainda mais nosso potencial. Vamos tratar disso em nossas atitudes?  Autopiedade torna o homem miserável, logo ... sua saúde: miserável. Autoestima torna o homem desejável logo sua saúde: desejável. Nosso estado de espírito influencia na nossa saúde. É uma mensagem positiva. Se você é uma pessoa pusilânime. Sim, destas que sempre acha os outros superiores a você, acredite,  se você acha que é assim as pessoas acreditarão, logo seu molde é rejeitado. Tornasse inapto. E a engrenagem da autopiedade é acionada iniciando um ciclo vicioso inacabável. Interminável se você não fizer nada. Mas, você fará não fará? 

 Porque neste conceito uma pessoa fraca atrai o que? Pessoas ainda mais fracas. Aí, conforme dizem: é o Ò! Né,  não? 

domingo, 13 de agosto de 2017

como vemos as coisas



Olho aquele velhinho arcado já pelo peso da idade, andando lentamente, lentamente....Parece tão frágil e parece tão digno de compaixão.. Que errado, penso. Não deveríamos ter pena das pessoas. Mas, algo naquela pessoa despertou este sentimento. Dizem que cada pessoa tem a vida que merece. Não, não concordo com isso. Mas, me incomoda quando a piedade por alguém desponta sem argumentos. Voltasse no passado e pudesse constatar que tipo de pessoa aquele homem foi quando jovem talvez hoje o sentimento de piedade que me tomou de súbito, se  transformasse em raiva. Péssimo marido, pai, filho. Sem coração para as pessoas que trabalhavam com ele. Parece que a dignidade esvai-se se nosso comportamento é tacanho, minimizado e causamos mais ódio do que afeição. Fico a pensar nas pequenas crianças que assim que as vemos tão desenquadradas do que chamamos natural. Sim, suja, maltrapilha... Logo nos bate em comoção, um sentimento de piedade. Se retrocedêssemos  no tempo constataríamos o que exatamente? Pais negligentes, pobres, sem condição de sobrevivência. E se  avançássemos no tempo? Sob estas condições certamente não prognosticaríamos boas coisas para este pequeno.  Tem um texto bíblico  que diz que o homem bom tira do tesouro bom coisas boas... e o mal o oposto. Qual o processo para um homem mal se transformar num homem bom? Como identificar alguém que aparentemente indica ser bom mas no fundo nutre um espírito iníquo?  Pensando que um homem bom tira do tesouro bom coisas boas, pode-se dizer que quando alguém mal se aproxima é porque não somos bons?  Porque será que  certas pessoas sempre atraem um tipo de pessoa que não adequadas para elas?  E fazem da sua vida já rastejante algo  ainda pior. Drástico? Fantasioso? Não se olharmos pela janela do passado e vermos que a educação familiar e o comportamento dos seus membros afetam como somos. Um pai amoroso, alegre e divertido incute nos filhos a familiaridade com estes. Já um pai ranzinza, mau humorado influencia igualmente. Se a família costuma ter uma vida social que granjeia a integração com outros familiares,  naturalmente isto também será introduzido como algo bom nos filhos.  Geraram boas lembranças e serão inseridos na sua vida posteriormente.

É bom fazermos uma reflexão de como nossos olhos olham as pessoas... Aprendemos com  a desconfiança porque sabemos que estranhos são desconhecidos que devem ser tratados com cautela... mas adiante nossos olhos criam seu próprio crivo de julgamento. Um velhinho, uma criança rota, uma mulher bela, um homem mal encarado. Nossos olhos talvez não sejam bons juízes. E nossa cabeça é? Não. Se nossos sonhos são fantasiosos demais, se vivemos num mundo colorido demais, se somos criveis demais. Sim,  parece complicado demais. Mais não é. O tempo é bom juiz e se a desconfiança é uma precaução deveríamos  usa-la de forma a protegermos nossa dignidade, valores, costumes...E vida.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ser nomal



Sou normal? Rsrs. Confesso que as vezes me pergunto. Normal. Ser normal é chato. Sei,  sou único. Dentro de mais de 6 bilhões de pessoas no mundo, só tem um eu. Eu sou o cara! Imagina você. Não há no vasto mundo e nem nunca haverá uma pessoa como eu. Embora eu acho que nasci com defeito, é, parece que agora esta é uma grande descoberta.  Claro que por eu ser único não dá para me gabar. Eu e Einstein... O que teríamos em comum? O cara era uma mente conturbada, megalômano, inteligente para carvalho e aquelas teorias... Eu?  Igualzinho! Menos os dois últimos. Creio que só detalhe.  Mas, posso me comparar com meu vizinho... Igualzinho. Só que chato. Mais que eu. Verdade seja dita, é uma maravilha sermos únicos, embora isto não seja tão apreciado porque não damos o devido valor. Mas, também não damos o devido para  para  água que bebemos.  Não dávamos, acho. Enquanto na nossa torneira.. Enquanto podemos lavar nossas roupas, nosso quintal e carros, não paramos para pensar que a tomamos... fazemos isto sem nunca pensar que poderá faltar para nobre fim. Aí, como nós,  sermos únicos,  vai ser  sim considerada. Porque acho que não sou normal? Difícil explicar. Quando não pensava nisso eu era normal. Tinha mãe, irmão, menos pai. Mas, vinha de uma família comum. Nunca pensei na anormalidade como sendo um pressuposto. Mas, com o decorrer dos anos comecei notar que não conhecia o cara de gostos estranhos e com uns fetiches mais estranhos ainda.  Não pense que por citar fetiche eles eram mirabolantes como fazer sexo com galinha... Mas, confesso que enfermeiras... Será que as pessoas são assim? São... Algumas bem pior. Até aqueles que preferem as galinhas.  Mas, hoje com os pensamentos e com todos os segredos que acumulo por dentro e guardo a sete chaves pinta uma dúvida, quase certeza.  Tenho desconfianças que normalidade é ser anormal. Afinal o que seria ser normal? Escovar o dentes pela manhã? Faço. Higiene pessoal? Também. Falar mal das pessoas? Não é da sua conta. Dentro dos itens que se referem a ser normal  até engano. Mas, porque a pergunta não para de me assombrar? Gosto de uma pessoa, acho até que é mais que gostar.. Mas nunca a vi. Isto é anormal?  Aí que esta! Quando era criança criava amigos invisíveis e deles gostava mais do que as pessoas que conhecia de verdade. Será que estou ficando caduco...E caduquice é considerado anormalidade?  Não é o que dizem que quando estamos ficando velhos voltamos a fazer coisas de criança? Como xixi na cama e  falar bobagens? Calma aí... Não fique pensando bobagens. Falo bobagens sim, mas urinar  na cama AINDA não.

Mas, porque ser normal é importante? Quero ser bem visto pelas pessoas. “Ah, ele é normal. Pelo menos nunca fez nada que pareça anormal... Se bem que agora que você tocou no assunto. “

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Peras e perdas




Peras e perdas - texto de Lia Luft, lembrou-me uma história da minha juventude.  Uma letra muda tudo. No texto escrito pela autora perdas virou peras. Legal. Se pensar que perdas são coisas ruins e peras?  Minha estória é diferente. Uma situação constrangedora.  Quando jovem trabalhava num banco e era responsável pelo envio das cartas ao correio. Isso na época que ainda se datilografa cartas aos clientes. 
 Com letras formamos palavras, óbvio, mas se por acaso você esquecer uma letra e se esta for a letra errada, nossa, você pode ficar em maus lençóis. Foi o que aconteceu. Sei que nada mais gratificante que    palavras temperadas com sal, aquelas ditas na hora certa no momento certo na dosagem adequada,  caem bem em toda e quaisquer situação. Quem nunca foi agraciado com palavras de um amigo. Ops! Estou enchendo linguiça. O caso aqui é que agora acho  engraçado o que na ocasião não teve graça nenhuma. Não pra mim.  Quando poderia imaginar que uma escritora cometeria  o mesmo erro, lógico guardando as devidas proporções. Erros, acertos,  mal e bem... Acabei recordando outra estória.   
 Sobre uma criança órfã de mãe cuja madrasta dispensava todo carinho para sua filha legítima  e toda sua ira sobre a enteada, sobrecarregando-a com afazeres domésticos e todo tipo de serviço enquanto sua presunçosa filha ficava a mercê do ócio. Logo cedo a menina se via atordoada e atormentada por tantas  tarefas. Acordava cedo para ir buscar água para os afazeres do dia e...  Neste dia, entretanto, apareceu uma velha senhora que lhe solicitou um pouco de água. Ela com toda gentileza atendeu a senhora baixando seu balde e tirando a agua necessária para lhe oferecer um copo de água. Dando toda atenção as necessidades daquela senhora.  A estória conta que quando chegou em casa  de sua boca saiam borboletas, passarinhos coloridos, coisas bonitas a cada palavra que falava. A madrasta invejosa queria o mesmo para sua filha amada e no dia seguinte apesar dos protestos da filha legítima,  ela a fez caminhar para o poço da cidade para apanhar água e receber o mesmo benefício. Lá estava a velha senhora querendo matar sua sede. Quando a velha senhora lhe pediu água ela a tratou com desdém e grosseria. Quando chegou em casa sua mãe afoita em saber se a filha ganhara o beneficio de falar e  de sua boca sair coisas bonitas dirigiu-lhe a palavra para ver o retorno  esperado. Sua surpresa virou terror  quando a filha começou  falar e  da sua boca emergira  cobras, sapos, escorpiões e coisas nada agradáveis de se ver. Ao ver aquilo a mulher caiu sem sentidos desolada pelo mal agouro lançado sobre a filha amada. Mal sabia ela que todo mal trato preparara a filha adotiva para ser uma verdadeira dama enquanto para sua filha que achava estar dando o conforto só prejudicava.   
  Sim, voltando a estória. A carta enviada ao destinatário  Eduardo Costa de Carvalho ficou  Carvalho sem o v.  

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

INSATISFAÇÕES PESSOAIS



Porque meu cabelo é assim? Arruma daqui, arruma dali e: Porque não nasci com o cabelo mais liso como da atriz...  Porque meu nariz é assim, porque sou negro, porque sou alto, porque sou baixo? Porque sou tão inseguro? Porque ninguém gosta de mim? Queria ser mais extrovertido. Queria ser mais popular. Queria ser menos tímido.
 Somos porquês e quereres. Insatisfeitos?  Sempre há alguma coisa em nós que não gostamos e .. bom, temos que aprender a conviver com nossos desgostos pessoais ou aprimorá-los,  se é   uma característica falha de nossa personalidade ou corrigi-la se uma característica física indesejável. A primeira é mais fácil,  poderia alguém dizer:  não tenho condições de bancar uma cirurgia. Já outros dirão que o segundo é mais fácil, estes claro, tem os meios para fazer a cirurgia e pouca vontade pela segunda. Alguns ainda conseguem se adaptar ao seu defeito físico ou moral e viver bem com ele. Alguns até fazer graça dele. É, verdade seja dita..nunca estaremos completamente satisfeitos em como somos e com o que temos. Que bom! Imagina se por puro desmazelo deixássemos de querer algo melhor ou de almejar coisas boas... Exceto quando estamos doentes .. Se bem que ultimamente o que poderia ser exceção tem contagiado um grande número de pessoas.  Estas andam desanimadas até para correr atrás do prejuízo. O que podemos fazer a respeito? Não sei se há algo que deveríamos fazer a  respeito. Já que cada pessoa tem uma disposição e sua forma de lidar com seus defeitos ou com seus desalentos. Mas, deveríamos até por uma questão de desafiar nossas limitações ou controlar nossos ímpetos aprimorarmos aquilo que de certa forma nos oprime. Se você é tímido e sua timidez lhe incomoda, deveria fazer um esforço para superar esta barreira pessoal. Assim como se você é extrovertido e gostaria de ser mais contido.  Você não tem coragem de falar em público? Se desafie. Ouse. Faça um curso de oratória. Se você não dança porque não sabe, saiba que é desculpa. Aprenda em frente ao espelho, movimente seu corpo quando sozinho. É fácil uma música adequada faz seu corpo praticamente se mover sozinho. Se seu problema é não saber dizer não quando quer fazê-lo, diga não a si mesmo em frente ao espelho só pra treinar depois diga um não numa situação irrelevante e vai exercitando até ... Importante é que aquilo que te amarra que você sente que é uma barreira intransponível seja experimentado. Seja desafiado. Não é transgredir nada moralmente é apenas se libertar de uma limitação que você não sabe por que tem. Tem pessoas que dizem não gostar de praia... É estranho ouvir isso. Como assim?  Um ambiente tão belo que faz tão bem. Porque não gostar? Depois você descobre que o problema não é a praia e sim o corpo. Você não está satisfeita com seu corpo por conseguinte diz não gostar de praia porque um biquíni é inadmissível. Seu problema não é a praia são as pessoas que possivelmente reparariam nas suas imperfeições. Assim, será que suas limitações não são as pessoas? Talvez deveria ser uma minhoca.  Só que não! Então, ouse.

DISSIMULAÇÃO



Uma das maiores artes do ser humano é a dissimulação. Não estou dizendo que   devemos perder nossa essência. Esta deve ser preservada a todo custo. Portanto nada impede que desenvolvamos métodos que nos habilite a sermos aceitos em qualquer meio sem deixar transparecer nossas emoções queixosas e cheias de querer. Tendemos a ficar magoados quando ações de terceiros parecem incompreensíveis e demonstram grassa divergência comportamental. No trabalho questionamos se  a pessoa se faz de amiga, mas fala mal de você pelas suas costas ou se a encontra na rua ela finge não te ver. Puxa seu tapete quando deveriam trabalhar em equipe.. Vê você numa situação difícil e não faz nada para te ajudar ou dizer uma palavra de conforto.  Pelo contrário opina pela omissão. Qual sua reação? Você fica com vontade de pegá-la pelo pescoço, de dar uns sopapos no dito cujo. Descabela-se e passa tempo demais gastando suas energias pensando nas presepadas deste. Por que? Porque não consegue dissimular. Jogar o jogo. A vida é feita de um mar de gente de comportamentos variados e se nesta seara você mostrar o dente para todo mundo que finge ser o que não é você vai criar muitas inimizades. A dissimulação é a arte de fechar os olhos ao rancor e assimilar um comportamento razoável ainda que não condizente com o que de fato sente. Soa como hipocrisia, mas, politicamente falando é pura sabedoria. Saber lidar com comportamentos diversos ainda quando está claro que elogios são falsos e sorrisos são vãos é uma arte a ser aprendida. Quantas e quantas pessoas que você conhece que tem motivos mais que suficientes para trucidarem um desafeto e não demonstram o menor sinal de raiva quando as cumprimentam afetivamente? Bem poucos.  Nosso sentimentalismo não é salutar no mundo atual em que vivemos. Devemos saber nos comportar diante de pessoas. Lembram-se quando criança quando você ensaiava chorar e sua mãe dizia: engole o choro? Dissimulação não e nada mais do que engolir o choro ou só chorar quando realmente for o caso.
 Nossos relacionamentos deveriam estar pautados na cordialidade racional e não sentimental. Assim como temos o direito a não gostar de uma pessoa por elas não nos proporcionar nenhuma vantagem temos que admitir que estamos expostos a mesma posição por parte de outros.  A camaradagem deve prevalecer sempre ainda que prefiramos não ter a pessoa em nosso círculo de amizades. Ainda que se nosso desejo em tê-la por perto não seja nada nobre. Não nos pode faltar a frieza de usarmos nossa capacidade racional para determos nossas emoções desenfreadas.  
Somos tão reduzidos quando nos submetemos as nossas emoções... Qualquer contrariedade e lá estamos nós reclamando da falta de consideração, da falta de notícia, da falta de atenção.  Olhe o camaleão que dissimula tão bem suas cores para sobreviver. Deveríamos usar a dissimulação para sermos menos ranzinzas e menos intolerantes.  Afinal o que ganhamos quando queremos valer a outro o que nos desejamos? Se a nós mesmos damos prioridade as intenções em nós mesmos escondidas.  A dissimulação se treinada pode ser usada em apoio a nossa razão que depois que se dobra as emoções desejaria nunca o ter feito. Fazemos porque não dominamos a emoção mas desejaríamos dominá-la. Que seja feita nossa vontade consciente.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Porque?



Porque olhamos certas imagens, referindo-se a pessoas e,  elas nos causam pena? Como um mendigo que vemos pela rua.  Outras raiva, outras desejo, ainda outras  apreensão?  Outras excitação, outras medo, outras...  Porque certos rostos marcam tanto que sem ao menos conhecê-los  ficam em nossa mentes por dias  e outros simplesmente  ignoramos completamente?  Porque deduzimos que certas pessoas são orgulhosas só de olharmos? E se  orgulhosas porque outras humildes?  Julgamos pela imagem sem trocar uma só palavra. Continue nos porquês e responda por que certas ações  provocam indignação? Como alguém que passa por você carrancudo. Outras provocam risos, outras com um olhar penetrante salvam seu dia... Parece que somos tão suscetíveis a outras pessoas e seus comportamentos. Parece que nossas emoções e energia se combinam a energia de outros e para cada pessoa gera-se um resultado diferente. Talvez por causa da energia emanada. Não sei. É curioso como nossas emoções influenciam naquilo que somos. Veja o medo por exemplo. Como ele é presente quando precisamos falar com alguém com certa autoridade ou quando alguém nos dirige palavras grosseiras. Como ele cerceia nossos dias no trabalho. Tememos fazer um serviço errado, tememos nos indispor com alguém que pode nos prejudicar, tememos pessoas cujo rosto parece-nos hostil. A questão é porque? Porque nossas reações são tão vastas e abrem janelas incessantes diante de quadros diferentes  que se apresentam. Dizem que por instinto nos afeiçoarmos ou rejeitarmos  tem a ver com nossa sobrevivência e que esta identificação foi importante quando nos primórdios um erro de julgamento poderia custar a vida. Se assim nossas ações são manipuladas pelo nosso instinto?  Temos certeza da força do instinto pela nossa capacidade de fazermos absurdos pela preservação da espécie. ( Já disse isso em outro post: sexo, fome, reações ao medo...)  Isso me remete aos animais selvagens na África, com suas extensivas caminhadas rumo a uma fonte de água. Este êxodo acontece geração após geração instintivamente.  Menciono isto porque será que de certa forma não é isso que fazemos? Sim, se temos um código inato de sobrevivência e ele é o primeiro impulso que temos diante de uma ameaça a vida é natural que ele esteja de vigília o tempo todo, manipulando nossas ações e nossas emoções. Determinando e preconcebendo nossas ações, nosso julgamento e nossa forma de olhar o mundo.