someone lyke you

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Quisera eu pudesse






Quisera eu pudesse ir..
Deixar solta as rédeas daquilo que anseio
Recolher meus medos.
 Deixar-me frouxo e  prosseguir

Não dever nada pro incontido
Dizer vem ao impossível.
E rotular  as etiquetas dos pensamentos
E seus adventos.

Proclamar que sou o cara porque não
Fechar aos olhos e achar a imaginação
Ali vestida como criança.
Prontinha pra investir nas suas lambanças.

Escorregar  liberto em dia de chuva
Não ter receio de não ser aceito pela turma.
De ter controle daquilo que não tenho
De reconhecer que tenho medo.

De ser eu não almejar ser outro
De saber que faço parte de um todo
De retroceder quando erro.
De provocar meu ego. 

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De mergulhar em mares revoltos
De arrancar o mal que pressuponho
Que faz tão mal com o mal que sobrevém
De sorrir quando imagino ser  ninguém.

Quero ir em frente não criar escudo
Quero falar não fazer-me mudo.
Porque o outro o silencio ofertou.
De saber que não sou robô. 

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Quisera eu pudesse ir.
Ir por ir voltar se decidir
Mas avançar em  qualquer  direção
Trazer o mundo aqui na minha mão. 


Quisera ser um deus nada temer
As rédeas do tempo transcender
Conhecer todos os mistérios.
Daqui, dali de qualquer canto do hemisfério.

Navegar nas estrelas 
Nadar nas cordilheiras.
Vasculhar o submundo
Fazer conta do absurdo.