Porque gostamos de bundas que parecem melancia?
E porque não gostamos de bundas coitadinhas
Que enfeiam as calças?
Porque não gostamos de bundas tímidas?
Preferimos as bundas atrevidas
Que parece que falam
Bunda não tem vida própria
Mas, da vida pra
quem tem
Quem tem bunda não complica
Qualquer mini saia cai bem
Pra quem tem bunda
Uma nota é uma canção.
Bunda é veneração.
Veja o caso:
Estas saias levantadas pelo vento
Não é o vento que levanta a saia
É a bunda que sopra em mais um experimento
Para que ela se sobressaia.
Se a luz cumpre bem
seu papel brilhando
A bunda cumpre o seu
se mostrando.
Uma bunda escondida não tem vida.
Mesmo que sua dona desminta.
A bunda é o reflexo de sua personalidade
Caso você minta a bunda
diz a verdade.
Uma bunda recolhida revela uma mulher oprimida
Uma bunda modelada mostra uma mulher desencanada
Nada mais infeliz que uma bunda encarquilhada.
Coisa esquisita é a bunda embutida
Bunda que desbunda é metida.
Impõe sua personalidade
E o que mais? Quem
sabe.
Como é triste olhar uma moça linda
Desbundada.
É como comer pão sem nada
Mas a feia que a bunda
se sobrepõe
Parece ser encantada
Se olha pro rosto é feia
Mas se olha pra bunda é fada.
Pois é: bunda
embriaga
Até nisso se destaca a danada.
E não precisa ser grande basta ser graciosa
Daquelas que andando parecem ambiciosas.
A ciência diz que bunda não tem vida pra se venerar
A ciência diz que bunda não tem vida pra se venerar
Mas, afirmo: a ciência esta errada
Eu já vi muita bunda
fazer marmanjo babar.
Como não admirar tamanho colosso
Ser desbuntado é osso.
Mas, não se iluda a bunda tem um segredo
As vezes com roupa
parece sem graça
Mas quando sem nada
Verdadeiro monumento
E nem precisa ser exuberante
Basta saber dizer: Olá!
Mas, na boa, sem amedrontar.